São Paulo, sábado, 03 de janeiro de 2009 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Verniz a custo zero
Além de garantir maioria parlamentar a Luiz Marinho em São Bernardo e alguma boa vontade petista
para com Gilberto Kassab na Câmara paulistana, o
acordo mais comentado da virada do ano visa produzir um ganho de imagem para ambas as partes. Plano de metas 1. Marinho trabalha para se consolidar como liderança no PT paulista, cujos expoentes sucumbiram um a um em escândalos e/ou fiascos eleitorais recentes. Se vai continuar prefeito ou tentar um voo mais alto em 2010 é uma questão ainda em aberto. Plano de metas 2. Correligionários observam que, no esforço para construir um perfil conciliador, Marinho tem abdicado de um arraigado costume petista: brigar com a imprensa. Isso apesar dos questionamentos à exuberância financeira de sua campanha eleitoral. Dançou? A trombada do líder do PSDB, Gilberto Natalini, que de novo se recusou solitariamente a votar em Antonio Carlos Rodrigues (PR) para o comando da Câmara paulistana, gerou especulações de que o tucano teria perdido o controle da bancada. Eu não. Natalini responde: "Eles podem reclamar de que sou exigente demais, mas me respeitam". E dispara: "Escapei da ditadura. Não vou ter medo de retaliação do presidente da Câmara, que já teve episódios de truculência e falta de educação. Ele é o líder da turma da barganha". Auditório. A posse de Gilberto Kassab foi marcada por uma disputa entre as "claques" dos secretários tucanos Walter Feldman (Esportes) e Andrea Matarazzo (Subprefeituras). Não houve vencedor claro nas palmas. Corte... Reeleito em Salvador, João Henrique (PMDB) anunciou que reduzirá o secretariado como medida anticrise. Mas o sentido maior da tesourada é expurgar petistas remanescentes e abrir espaço para o neoaliado DEM. ...e costura. Em Curitiba, outro reeleito, Beto Richa (PSDB), moveu peças no secretariado para dar mais espaço a DEM e PPS, já que o PDT de Osmar Dias e o PP de Ricardo Barros se distanciam rumo a 2010. O tucano pretende disputar o governo. Largada difícil. Depois de viver às turras com seu próprio partido no primeiro mandato, a prefeita reeleita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), rompeu com o vice, Tin Gomes (PSB), já no dia da posse, além de não emplacar o presidente da Câmara. Presente... Em Natal, José Agripino, líder do DEM no Senado, disse a Garibaldi Alves (PMDB) que apoiará oficialmente sua reeleição ao comando da Casa. O principal opositor da ideia entre os "demos" é Demóstenes Torres (GO), que quer presidir a CCJ se Tião Viana (PT-AC) vencer. ...de grego. O apoio do DEM, dono da segunda maior bancada, daria musculatura a Garibaldi. Mas, se muito explícito, poderia carimbá-lo como candidato "da oposição". O que daria espaço para uma opção "suprapartidária", como José Sarney (PMDB). Sorry. Dificilmente a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), alcançará o intento de manter na cidade o concorrido Agrishow. Foi assinado em dezembro o acordo para levar o evento para São Carlos, administrado pelo PT. com FÁBIO ZANINI e SILVIO NAVARRO
Tiroteio "Não quer resolver um problema? Crie um grupo de trabalho. Lula deve estar com ciúmes. Foi ultrapassado em número de "conselhos"." Do ex-prefeito do Rio CESAR MAIA (DEM), comentando algumas das primeiras medidas anunciadas por seu sucessor, Eduardo Paes (PMDB).
Contraponto Em off
Uma das características frequentemente lembradas por
ex-assessores que contam histórias de Mário Covas
(1930-2001) é o mau humor que o governador paulista
costumava exibir, em especial no início da semana. |
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