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PSB e PT sonham em ter Alckmin como adversário do grupo de Serra no Estado
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-governador Geraldo
Alckmin vem sendo cobiçado
por uma ala do PSB para ser
candidato pelo partido em
2010 caso não consiga a indicação dentro de seu PSDB.
Para isso, Alckmin, derrotado no primeiro turno da eleição
municipal da capital paulista
em 2008, teria de trocar de legenda ainda neste ano, conforme determina a lei.
A ideia agrada uma ala do PT,
que vê no estratagema a possibilidade de enfraquecer o governador José Serra (PSDB) no
seu território. Nas palavras de
um líder do PT nacional, vale
tudo para vencer Serra.
Nesse caso, Serra seria pressionado a disputar a reeleição e
desistir da sucessão de Lula. E,
mesmo se conseguisse a candidatura ao Planalto, ele se veria
obrigado a permanecer mais
tempo em São Paulo para trabalhar por seu sucessor, avaliam os petistas.
Os mais exaltados chegam
reservadamente a admitir a
possibilidade de o PSB, fiel aliado de Lula no âmbito nacional,
lançar Alckmin para a Presidência, o que, em tese, enfraqueceria Serra em São Paulo.
Canais abertos
Os frequentes canais de diálogo de Alckmin com o PSB
paulista são o ex-prefeito de
São Bernardo do Campo William Dib e o deputado federal
Márcio França. Ambos tentaram empurrar o PSB para o tucano na eleição do ano passado.
Também em 2008, Alckmin
se aproximou do deputado federal Ciro Gomes (CE), principal líder nacional do PSB.
Segundo a Folha apurou, no
entanto, Alckmin não cogita
abandonar o PSDB por acreditar que ainda tem muitas chances de concorrer ao Estado pelo partido que ajudou a fundar.
Ele tem afirmado a seu grupo
que estará engajado no projeto
de reconduzir a sigla ao Planalto em 2010.
Neste ano, ele vai intensificar as visitas aos municípios do
interior, onde, segundo pesquisas à sua disposição, possui um
capital de votos considerável.
Entre os maiores obstáculos
do tucano, que passou o Réveillon descansado no litoral do
Rio de Janeiro, está convencer
antigos aliados de fora do
PSDB de que ainda é o nome
mais viável da sigla.
PTB, PPS e PV, que estiveram com Alckmin em eleições
passadas, devem acompanhar a
determinação da dupla Serra e
Gilberto Kassab (DEM), já que
integram as bases de apoio do
governador e do prefeito da capital paulista.
(CS, FM E JAB)
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