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MARINHA
Proposta por
porta-aviões
é confirmada
pela França
de Paris
O Estado Maior da Marinha da
França, em Paris, confirmou ontem que a Marinha brasileira fez
uma proposta de compra do porta-aviões Foch, colocado em serviço em 1963.
A assessora de imprensa da Marinha da França, Anne Emanuelle
Lesna, afirmou não poder informar maiores detalhes da proposta, porque as negociações estão
em curso.
O Foch vai fazer uma escala no
Brasil, entre os dias 6 e 11 de abril,
segundo informação do departamento de Relações Públicas da
Marinha da França.
"Será uma viagem de cortesia e
uma oportunidade de apresentar
o porta-aviões que está sendo objeto da proposta de compra", disse um funcionário do departamento que não quis se identificar.
Lesna explicou que há várias
propostas sendo analisadas quanto ao destino do Foch. "Mas há
duas, especialmente, que têm gerado maior interesse: a venda do
Foch para o Brasil e um projeto
para a utilização do porta-aviões
como sede de um museu em Toulon (cidade do sul da França)",
disse.
Lesna disse que não há previsão
para uma definição quanto à proposta brasileira. Segundo avaliação realizada pela Marinha francesa, o Foch "possui uma tecnologia muito antiga".
A Marinha do Brasil estuda a compra do porta-aviões francês Foch para substituir o navio brasileiro Minas Gerais, que tem o fim da vida útil previsto para 2010.
A Marinha francesa usa o Foch desde 1963, e o navio opera hoje no oceano Índico. O porta-aviões Minas Gerais foi construído em 1945 e está sendo hoje reequipado pelo governo brasileiro.
"A Marinha está analisando tecnicamente as condições do porta-aviões Foch, da Marinha Francesa, de modo a bem fundamentar uma futura decisão", disse o diretor de Relações Públicas da Marinha, capitão-de-Mar-e-Guerra Luiz Fernando Palmer Fonseca.
Segundo ele, não foram levantadas ainda informações sobre preço e forma de pagamento.
Palmer Fonseca afirmou, em entrevista por fax, que o Minas Gerais está em bom estado, mas a Marinha precisa preparar sua substituição desde já.
"As funções do substituto do Minas Gerais serão as mesmas deste: contribuir para a proteção de nossas linhas de comunicação marítimas, que transportam 95% de nosso comércio exterior, e para o controle de nossas águas jurisdicionais, que equivalem à metade de nosso território terrestre", disse Palmer Fonseca.
A compra do navio depende da aprovação do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Investimentos
De acordo com a Marinha, além da substituição do Minas Gerais, a Força planeja nos próximos anos concluir seu arsenal no Rio de Janeiro, terminar as construções da corveta Barroso e do submarino Tikuna, reformar fragatas, entre outros investimentos.
O próprio Minas Gerais está sendo capacitado para receber aviões A-4, recentemente comprados.
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