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TODA MÍDIA
Nelson de Sá
Onde está Google?
Começou no blog Blue
Bus. Júlio Hungria postou,
sob o título "Os garotos do Google vieram jantar aqui do lado,
vc acredita?":
- Na maior intimidade com
Ipanema. Mas eram o Larry Page e o Sergey Brin. Entraram no
Gula Gula, na Aníbal. Vestiam
jeans e camiseta. Sabe que ninguém notou?
Depois:
- No mezanino, tentaram
entender o cardápio. "What is
picadinho?" Pensaram que era
peixe. "Não, carne vermelha,
não", reagiram.
Não demorou e surgiu um internauta mineiro, "também cruzei com os googles pelos corredores da UFMG".
No caso, havia prova virtual. O
site da universidade trazia na
home page a foto dos fundadores em reunião com a reitora,
sob o título "Google quer incrementar parcerias".
De volta ao Blue Bus, duas
mensagens de leitores. Um especulava se não eram "sósias
contratados para circular nos
grandes centros", parte de uma
"estratégia de marketing viral".
O outro, Marco Chiaretti, comentava:
- Logo, logo, alguém vai dizer - Lá vêm aqueles chatos dos
googles de novo.
Nem tudo é festa na viagem
dos googles ao Brasil.
A agência Dow Jones, ontem
no site do "Wall Street Journal",
dizia que os resultados da empresa de busca no último trimestre de 2005, que levaram a
forte queda nas ações, "mostram os riscos da expansão internacional".
Saíram da Grã-Bretanha os
números que derrubaram o
Google, mas a agência se concentrou nos riscos dos investimentos na China, depois Brasil,
México, Japão e Índia.
Falando por telefone, a partir
do Brasil, um dos googles, Sergey Brin, declarou:
- Vamos intensificar os esforços para erguer a nossa infra-estrutura no exterior e desenvolver produtos desenhados para
cada mercado.
E o interesse dos googles pelo
etanol, que os levou a usina no
interior paulista, se mostrou
verdadeiro, afinal. Aliás, não só
deles nem só de George W.
Bush, segundo a manchete do
Globo Online:
- Bill Gates, Bush e Google de
olho no álcool.
A história é que o fundador da
Microsoft "planeja investir no
combustível brasileiro". E tem
mais. A versão impressa do
"WSJ" destacou, na repercussão
do pronunciamento de Bush,
uma reportagem dizendo que a
nova "febre tecnológica", no
Vale do Silício, na Califórnia, é
investir em "empresas de energia" alternativa.
Entre outros, cita Vinod Khosla, um dos co-fundadores da
Sun Microsystems, da qual já se
afastou, que nos últimos anos
investiu em "meia dúzia" de jovens empresas de "combustível
limpo", como etanol.
Por sinal, na reportagem de
capa sobre o pró-álcool sonhado pelo presidente americano, o
"WSJ" sublinhou dificuldades,
fez elogios à proposta -e saudou o Brasil como "uma história
de sucesso".
Já o "New York Times" destacou a "falta de entusiasmo" demonstrada pelos republicanos
de Bush e, em particular, pela
Arábia Saudita.
Lá pelo meio da reportagem,
um pesquisador independente
comentou:
- É impressionante que nós
não taxemos o combustível da
Arábia Saudita quando taxamos
o do Brasil.
ESPERANÇA
washingtonpost.com/Reprodução
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Logo do blog do "WP" sobre eleição haitiana |
Dias depois da reportagem de primeira página
em que o "NYT" questionou a atuação dos EUA
no Haiti, o "Washington
Post" e a revista "The
Economist" saíram ontem em defesa das eleições marcadas para a
próxima terça.
A segunda, sob o título "Finalmente, uma espécie de
ponte para o futuro", saúda o pleito como "caótico marco num esforço internacional para criar uma democracia
a partir de um estado falido". Avisa que deve ganhar René Préval, um antigo aliado de Jean-Bertrand Aristide, o
presidente anterior. E chega a afirmar que fora da capital
a segurança -a cargo do Brasil- melhorou.
O "WP" estreou um blog apontando um "vislumbre de
esperança em Cité Soleil", favela-símbolo do Haiti.
INTERAÇÃO
Soninha, jornalista e vereadora, estreou blog ontem na
Folha Online e, de cara, enfrentou a mesma dificuldade
que levou o "Washington Post" a tirar um de seus blogs
do ar, dias atrás. Aberto para comentários, o blog recebeu algumas mensagens pesadas, entre as centenas enviadas. A blogueira registrou, com coragem:
- Só vou tirar as baixarias, como esta que chegou:
"sua petista de m., vai se f. vc e seu partido de b.". Não
acrescenta nada, né? Pra quê? As outras, mesmo que sejam ríspidas, ofensivas etc., vão entrar.
@ - nelsondesa@folhasp.com.br
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