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Kassab admite que tentará ser candidato à prefeitura
Prefeito pretende concorrer pela chapa PSDB-DEM na eleição de outubro
No camarote da prefeitura no Sambódromo, Kassab age como candidato, prega continuidade de gestão e recebe o governador Serra
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), admitiu
na madrugada de ontem que se
esforça para ser o candidato -
de preferência do bloco PSDB-DEM - na eleição de outubro.
Beneficiário de um acordo que
lhe garante visibilidade e sombra ao ex-governador Geraldo
Alckmin (PSDB), Kassab experimentou no Sambódromo a
fantasia de candidato: não só
disse que ficará feliz se for prefeito no Carnaval do ano que
vem como descreveu seu discurso como de candidato.
"2009 é uma nova gestão. Se
tiver oportunidade de continuar prefeito da cidade, vou ficar muito feliz", disse Kassab,
acrescentando, porém, que a
candidatura será colocada no
momento certo.
Minutos antes, ao percorrer
todas as cabines de rádio, Kassab admitiu que optara por
uma resposta de candidato
após ser questionado sobre a
escola de samba de sua preferência. "Já chega no futebol.
Sou são-paulino e tenho que
agüentar as outras torcidas.
Aqui, não. Torço para todos",
respondeu Kassab. E arrematou: "Gostou do muro? Parece
coisa de candidato, né?".
Ao deixar a cabine, Kassab
brincou com colaboradores.
"Que tal anunciar minha candidatura aqui?". Mais uma vez,
Kassab pregou a continuidade
da gestão. Questionado se a escolha de qualquer nome da
aliança PSDB-DEM asseguraria a manutenção das ações da
prefeitura, afirmou: "Meu esforço será nessa direção [de
manter a gestão]". Minutos depois, ele reconheceu que se esforçará para sair candidato.
Ao passear pelo Sambódromo, percorrendo as áreas de
acesso restrito, Kassab brincou
com um jornalista: "Vou anunciar minha candidatura".
Na avaliação de seus aliados,
Kassab só tem a se beneficiar
do armistício proposto pelos
tucanos: enquanto Alckmin
submerge, ele mantém agenda
e exposição de prefeito.
Ontem, contou com a presença do governador José Serra
no camarote. Mas, vaiado no
ano passado, Kassab não correu o mesmo risco, pois seu nome não foi anunciado pelo sistema de som.
Colaborou EVANDRO SPINELLI , da
Reportagem Local
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