São Paulo, segunda-feira, 03 de março de 2008

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Toda Mídia

Nelson de Sá

A conexão americana

A manchete no site da "Time" foi "Rebelde caído: a conexão americana". Diz a revista que a morte de Raúl Reyes é o maior troféu do Plano Colômbia, "cruzada de US$ 5 bilhões", em cinco anos. Recorre ao livro de Michael Reid, "Continente Esquecido", para afirmar que o plano é eficaz como "antiinsurreição", mas não "antidrogas". Em contraste com a ação, diz a "Time", o cultivo de coca voltou a crescer. E os americanos "estão sendo feitos de bobos" em novo ano eleitoral.
Como saiu no "Washington Post" de papel, ontem já com longa reportagem, o presidente da Colômbia anunciou a morte a congressistas e até ao secretário de Comércio dos EUA, em Bogotá, manhã de sábado.

ENTRE UM E OUTRO
"WP" e demais diziam que a ação da Colômbia foi com "aviões fabricados no Brasil".
Em seu programa de TV, o venezuelano Hugo Chávez saudava o "revolucionário" Reyes, que ele conheceu "no Brasil". E cobrava que "outros países" se pronunciem agora, como destacou o portal Terra.

A VIOLAÇÃO
Por aqui, o "JN" deu que não, "em Bogotá autoridades informaram que não houve violação do espaço aéreo do Equador", como se não fosse caso de violação de soberania.
Já o site da revista "Fórum" voltou a postar talvez a última -e provocadora- entrevista de Reyes, da edição de janeiro.

CHÁVEZ E AS PETROLEIRAS
Segundo o site do "Wall Street Journal", um dia antes de Reyes ser morto no Equador, a empresa de petróleo Chevron, dos EUA, veio a público afirmar que continua na Venezuela "para o longo prazo", diferentemente da também americana Exxon. E no mesmo dia, segundo o "Financial Times", até com mais destaque, a italiana Eni fechou acordo com a Venezuela, "sinal claro da melhora gradual nas relações entre o país e muitas, mas não todas, as estrangeiras". Entre outras, também BP, Total, Statoil.

OUTRAS SOMBRAS
Sob o enunciado "América Latina fora da sombra dos EUA", a Bloomberg deu longa reportagem sobre o Brasil que virou credor; a perspectiva de descolamento e crescimento em todos os países da região; os "recordes de exportação de petróleo, cobre, soja" etc.
Por outro lado, BBC Brasil e demais noticiaram o ataque feito por Cristina Kirchner à Petrobras, por não ceder gás ao país, e ao próprio Brasil, por seu superávit comercial.

LIÇÕES EMERGENTES
Depois que o Brasil saltou à frente da China num índice de capitalização de mercado, o editor de investimento do "Financial Times" fechou a semana dizendo que "somos todos emergentes agora".
Por "nós" ele se referia a EUA e Europa, que precisam aprender que "as regras para mercados emergentes agora abrangem todo o mundo". Entre outras , sublinha: não deixar a inflação sem atenção, como ameaçam fazer os EUA.

HILLARY E OS COMEDIANTES

nbc.com
Amy eHillary no "SNL"


Bill Clinton até ligou para a comediante Tina Fey, para agradecer o "Saturday Night Live" que animou, enfim, a campanha. E sábado a própria Hillary foi ao "SNL", para fazer o quadro de abertura com Amy Poehler. Ao fundo, nos programas, o ataque ao favorecimento a Barack Obama. Hillary, ao largo dos jornalistas, foi quinta ao "Late Show" de David Letterman e vai hoje ao "Daily Show" de Jon Stewart.
Enquanto isso, "New York Times", "Newsweek" etc. dão longas reportagens sobre sua cobertura "enviesada".

O FUTURO DA TV
pop17.com


Em uma festa, a uma adolescente com vídeo do Pop 17, Steve Chen jogou a bomba que ocupa os sites de mídia no mundo: o YouTube lança, ainda este ano, o vídeo ao vivo, "live"


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