São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2010 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br "An American in Brazil"
Em artigo no "New York Times", entrevista à agência Xinhua e podcast do Council on Foreign Relations,
instituição onde comanda os estudos de América Latina, a americana Julia Sweig analisou ontem a viagem da secretária de Estado ao Brasil. NEM PENSE Na "Newsweek" da semana passada, o editor Fareed Zakaria, em reação às conclamações de Sarah Palin e outros por um ataque ao Irã, defendeu que os EUA podem até conviver com um Irã com armas nucleares. Recorreriam então à intimidação ("deterrence") da Guerra Fria. O texto ganhou respostas imediatas, inclusive artigo de oficiais da ativa no site Huffington Post. Mas prossegue a reação à ameaça de nova guerra. No "Financial Times", dois analistas da instituição Brookings, próxima de Obama, publicaram o artigo "Nem pense em bombardear o Irã", lembrando que os EUA já têm duas "campanhas impopulares na região". COMO CUBA Ontem na Reuters, a Chancelaria de Israel defendeu que os EUA tomem a decisão "unilateral" de punir o Irã, "como agiram sozinhos ao adotar o embargo contra Cuba há 50 anos". POR OUTRO LADO Na AP, semana passada, a mesma Chancelaria israelense deu entrevista em Brasília e, diz a agência, "espera anunciar acordo de livre comércio com o Brasil durante a visita de Lula à região". EUA CONTRA OS BRICS Via agências, os EUA questionaram Brasil e outros para que "esclareçam suas medidas de acesso a mercado", antes de avançar nas negociaçõs da Rodada Doha. "O valor de novas oportunidades para nossas empresas, trabalhadores e fazendeiros continua vago, por causa da flexibilidade à disposição de emergentes como China, Índia e Brasil, que são importantes mercados do futuro", justificou o representante comercial, Ron Kirk. O indiano "Business Standard" destacou, da agenda comercial divulgada por Kirk, que Índia, China e Brasil são vistos pelos EUA com "novo nível de influência", precisando "aceitar maiores responsabilidades". CHINA VAI ÀS COMPRAS O "Wall Street Journal" noticiou dias atrás que a "China inicia nova farra de compras", para aliviar a "dor de cabeça de US$ 2,4 trilhões: as reservas em dólar". Do Cazaquistão ao Brasil, citou o jornal, "praticamente todos vão ficar muito felizes", no dizer do ex-diretor da divisão chinesa do FMI. O "Valor" já informa "a conclusão do negócio entre o grupo chinês Wisco e a MMX, controlada pelo grupo EBC, de Eike Batista". E vem mais por aí. O "Financial Times" destacou o lançamento de um novo fundo do JP Morgan, o Brazil Investiment Trust, e a Bloomberg noticiou a expectativa de investimento de US$ 9 bilhões no país, "em tudo, de infraestrutura a exploração de petróleo".
SEM RISCO Lula posou com Dilma Rousseff e José Serra de manhã e à tarde declarou a empresários, na manchete da Reuters Brasil, entre aspas, "Não aceitem a ideia imbecil que se ganhar fulano estraga". No portal iG, "Nenhum sucessor trará risco, diz Lula". No G1, "Lula descarta cenário de terrorismo motivado por disputa eleitoral". Argumenta ele que "fizeram muito terrorismo contra mim, mentiram tanto que um dia o povo não acreditou mais". CRISTIANIZAÇÃO Do blog de Reinaldo Azevedo, ontem na "Veja": "Serra deve ir para o sacrifício caso sinta cheiro de cristianização no ar? Falo por mim, como sempre: eu não iria". CONTRA-INFORMAÇÃO E do blog de Lauro Jardim: "Todo o trabalho da cúpula do PSDB neste momento é para sepultar os boatos de que Serra vai desistir, que cresceram após o Datafolha". Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br Texto Anterior: Sob ceticismo, volta debate sobre "relação especial" Índice |
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