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Problemas surgiram em outubro
da Sucursal do Rio
Declaradamente candidato à presidência da República em 2002, Garotinho começou a enfrentar problemas em seu governo em outubro do ano passado, após
ter chamado o PT, seu aliado
no governo do Rio, de "partido da boquinha", pois "setores" do partido estariam
interessados só em cargos.
Em dezembro estourou a
primeira crise na área de segurança. Após a Folha revelar que havia suspeitas de superfaturamento no projeto
Delegacia Legal (construção
de delegacias informatizadas), o chefe de Polícia Civil
Carlos Alberto D'Oliveira, ligado ao então coordenador
de Segurança Luiz Eduardo
Soares, foi afastado.
Soares, responsável pelo
projeto de Garotinho de reformar as polícias do Rio e
pelo Delegacia Legal, sofria
uma derrota na briga com o
secretário de Segurança Pública, Josias Quintal.
Novos problemas viriam
com a revelação de ligações
entre o presidente da Cehab
(a companhia de habitação
do Estado), Eduardo Cunha,
com o ex-homem de confiança de Paulo César Farias
(tesoureiro de campanha de
Fernando Collor de Mello),
Jorge La Salvia. Cunha, também oriundo do governo
Collor (foi presidente da extinta Telerj), passou a enfrentar suspeitas de estar
agindo irregularmente na
condução do programa estadual de habitação.
Ao mesmo tempo, cresciam os atritos na área de segurança. Soares levou ao Ministério Público estadual revelações sobre a existência
de uma "banda podre" na
polícia. Acusando o coordenador de ter quebrado a hierarquia, Garotinho o demitiu em entrevista na TV. Soares disse que o governador
se aliou à "banda podre".
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