São Paulo, segunda-feira, 03 de abril de 2000


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Problemas surgiram em outubro

da Sucursal do Rio

Declaradamente candidato à presidência da República em 2002, Garotinho começou a enfrentar problemas em seu governo em outubro do ano passado, após ter chamado o PT, seu aliado no governo do Rio, de "partido da boquinha", pois "setores" do partido estariam interessados só em cargos.
Em dezembro estourou a primeira crise na área de segurança. Após a Folha revelar que havia suspeitas de superfaturamento no projeto Delegacia Legal (construção de delegacias informatizadas), o chefe de Polícia Civil Carlos Alberto D'Oliveira, ligado ao então coordenador de Segurança Luiz Eduardo Soares, foi afastado.
Soares, responsável pelo projeto de Garotinho de reformar as polícias do Rio e pelo Delegacia Legal, sofria uma derrota na briga com o secretário de Segurança Pública, Josias Quintal.
Novos problemas viriam com a revelação de ligações entre o presidente da Cehab (a companhia de habitação do Estado), Eduardo Cunha, com o ex-homem de confiança de Paulo César Farias (tesoureiro de campanha de Fernando Collor de Mello), Jorge La Salvia. Cunha, também oriundo do governo Collor (foi presidente da extinta Telerj), passou a enfrentar suspeitas de estar agindo irregularmente na condução do programa estadual de habitação.
Ao mesmo tempo, cresciam os atritos na área de segurança. Soares levou ao Ministério Público estadual revelações sobre a existência de uma "banda podre" na polícia. Acusando o coordenador de ter quebrado a hierarquia, Garotinho o demitiu em entrevista na TV. Soares disse que o governador se aliou à "banda podre".


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