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Equipe econômica tenta retirar artigo que eleva despesa do SUS
da Sucursal de Brasília
O relatório final da lei orçamentária para 2000 deverá ser votado
no plenário do Congresso nesta
semana. O texto já foi aprovado
na Comissão de Orçamento.
A equipe econômica quer retirar o artigo que determina um
gasto adicional de R$ 1,05 bilhão
no SUS, programa que transfere
para Estados e municípios o atendimento médico e ambulatorial
gratuito prestado pela União.
A despesa foi criada pela Comissão de Orçamento para cumprir a legislação do SUS, que prevê
um gasto-padrão por habitante
em todo o país -a proposta do
governo não previa a padronização dessas despesas.
Como os parlamentares destinaram as receitas novas calculadas pela comissão para suas
emendas, o gasto adicional no
SUS ficou condicionado ao excesso de arrecadação que vier a acontecer durante este ano.
A equipe econômica é contra
essa vinculação e quer derrubar o
artigo, que era defendido pelo Ministério da Saúde.
Na semana passada, o ministro
José Serra (Saúde) disse que a saúde pública do país necessita de R$
2,2 bilhões além do que está previsto no Orçamento da União.
Mas ele admite perder o artigo
que garante recursos adicionais
para o SUS em troca do compromisso feito pelo Ministério do
Planejamento de aplicar R$ 2,1 bilhões a mais na saúde durante este
ano, sem uma conexão direta
com o programa.
O líder do governo na Comissão
de Orçamento do Congresso, deputado Alberto Goldman (PSDB-SP), afirma que não houve vontade política da comissão para resolver o problema do SUS.
O relatório final da lei orçamentária para este ano aumenta em
R$ 5,1 bilhões as despesas previstas pela proposta do governo, que
está tramitando no Congresso
desde agosto do ano passado.
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