|
Próximo Texto | Índice
Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Múltipla escolha
Com a recusa do prefeito de Indaiatuba, Reinaldo
Nogueira, em deixar o cargo para ser vice de Aloizio
Mercadante ao governo de São Paulo, o PDT preparou
uma lista de nomes para apresentar ao PT na próxima
semana. São três sindicalistas (duas mulheres) ligados à Força e o deputado João Dado, mas este o PDT
prefere ver puxando votos para a Câmara.
Do outro lado, o PT prevê confusão com a CUT caso
o vice venha da Força. O partido acha que se o prefeito
de Campinas, Doutor Hélio, desde sempre o pedetista
favorito para compor com Mercadante, não topar, talvez seja mais fácil encontrar um nome no PR.
Padrão. Presidente do PDT-SP, o deputado Paulinho responde, lembrando que o vice
em Campinas, Demétrio Vilagra, é do PT: "Eles reclamaram que fechamos com o [José] Fogaça no Sul e ficamos
com a prefeitura de Porto Alegre, mas se puderem farão o
mesmo em Campinas".
Prancheta 1. Chama a
atenção, no questionário de
pesquisa Vox Populi sobre a
sucessão presidencial com
campo em 30 e 31 de março, a
inclusão de pergunta relativa
aos cargos que os candidatos
já ocuparam, quebrando o fluxo das respostas espontânea e
estimulada sobre intenção de
voto. Esse tipo de procedimento é conhecido por distorcer resultados.
Prancheta 2. Para completar, as opções diante do nome de José Serra (PSDB) estão incompletas. Há apenas
"governador" e "governador
de São Paulo".
Pior para eles. Mergulhado na leitura da biografia
de Bismarck, Cesar Maia
(DEM) diz que não vai se desesperar diante da rejeição do
PV de Fernando Gabeira em
tê-lo na chapa como candidato ao Senado: "Para mim tanto faz. A coligação interessa
aos deputados".
Outro lado. A propósito da
definição dos palanques regionais, o ex-ministro da Integração Geddel Vieira Lima diz
que o PMDB é oposição ao PT
na Bahia, mas que sua candidatura ao governo estará alinhada à de Dilma Rousseff.
No rastro. O Ministério
Público abriu processo para
apurar suspeita de irregularidades na declaração de bens
de Wilson Lima (PR). O governador em exercício do DF
justificou parte dos gastos de
sua campanha com a venda de
um microonibus a uma servidora indicada por ele. O veículo não foi declarado ao TSE.
Empurra. Em defesa de Agnelo Queiroz (PT), que teve
um aliado preso por desvios
no Ministério dos Esportes,
que ele chefiou, o PT-DF fez
circular que o convênio fraudulento com a ONG de kung
fu é assinado por Orlando Silva (PC do B), hoje à frente da
pasta, mas à época do contrato secretário-executivo.
Vidraça. No próprio PT, entretanto, houve quem aproveitasse o caso para reavivar a
disputa interna com o derrotado Geraldo Magela. O argumento é que, como as investigações ainda estão em curso, o
nome de Queiroz poderá voltar ao noticiário policial no
meio da campanha.
Sacolejo. O cantor Edigar
Mão Branca (PV-BA) aproveitou seu último dia na Câmara
para gravar, em pleno Salão
Verde, o clipe de "Eu Sou
Mesmo Forrozeiro". Suplente
de Geddel, ele perdeu a cadeira com a volta do titular, que
deixou o Ministério da Integração Nacional para disputar
o governo da Bahia.
Caravana. De carona na comemoração do Dia do Índio, o
Planalto planeja levar Lula
em 19 de abril à reserva Raposa/Serra do Sol, palco recente
de confronto entre índios e
produtores rurais. Hoje no
Supremo, José Antonio Toffoli deve integrar a comitiva.
À frente da Advocacia Geral
da União, ele defendeu a tese
pró-demarcação contínua da
área e saída dos arrozeiros.
com SILVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER
Tiroteio
Antes de sentar na cadeira, seria bom que o novo
ministro lesse todos os compromissos que o
Lula já firmou contra o desmatamento.
De PAULO TEIXEIRA (PT-SP), membro da Comissão de Meio
Ambiente da Câmara, sobre a fala do ministro da Agricultura,
Wagner Rossi, segundo o qual "quem deve dizer como se
preserva a natureza é quem produz".
Contraponto
Convescote
Uma equipe de 12 funcionários do PSDB foi encarregada de telefonar a prefeitos convidando-os para o lançamento da candidatura de José Serra à Presidência, no
próximo dia 10 em Brasília. Numa dessas ligações, o "cerimonialista" tentava entrar em contato com o tucano Agapito Coelho da Cruz, que administra o município de Capitão Gervásio Oliveira, no Piauí. A chamada, porém, caiu
num orelhão, e quem atendeu forneceu um outro número. Também este era um orelhão, e o interlocutor, ao explicar que a prefeitura estava sem telefone, se identificou:
-Fique tranquilo, porque eu sou filho do Agapito e vou
dizer pra todo mundo descer pra Brasília no dia 10...
Próximo Texto: Palanque para Dilma, Rio tem convênios federais triplicados Índice
|