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JANIO DE FREITAS
A pesquisa não bastou
Silvio Santos não será candidato à Presidência. O relevo
alcançado por seu nome na pesquisa CNT-Sensus, com os 17,8%
que lhe deram já de saída o segundo lugar, não foi capaz de
atrair o núcleo mais influente do
PFL, que considerou a absoluta
inexperiência política de Silvio
Santos bastante para inviabilizá-lo como candidato, além de outros aspectos problemáticos.
O comando pefelista entendeu
que se manifestar a respeito seria
descortês com Silvio Santos, que
terá conversado com um ou outro pefelista, mas em momento
algum procurou as instâncias
partidárias adequadas para propor a própria candidatura.
Visão lateral
É interessante a dedicação de
vastos espaços da mídia, até páginas inteiras, ao problema surgido na Frente Trabalhista, de
Ciro Gomes, com a decisão do
PPS de lançar no Rio Grande do
Sul um candidato (Antônio Britto) não aceito pelo PDT e pelo
PTB.
O lançamento de candidatos
estaduais diferentes não impede,
do ponto de vista legal nem do
político, a permanência de alianças partidárias para a disputa
presidencial.
É mais curioso, ainda, que os
problemas idênticos vividos entre
o PSDB e o PMDB não sejam vistos com as mesmas lentes. Na
Frente pró-Ciro surgiu um caso,
na composição PSDB-PMDB
pró-Serra são muitos. E não ocorrem só à distância, por exemplo,
de Goiás, onde o PMDB do ex-governador Maguito Vilela e o
PSDB do atual, Marconi Perillo,
repelem ferozmente a composição entre os dois partidos. Em
São Paulo mesmo, tanto sob a
vista geral como sob geral silêncio da mídia, o PMDB de Quércia
recusa o PSDB de Alckmin-Serra.
Em tempo
No discurso mais recente em cadeia nacional, Fernando Henrique Cardoso disse que "o Brasil é
uma ilha de estabilidade". O general Médici terá se comovido, se
isso lhe é possível, com a volta do
seu bordão preferido para saudar
os tempos de sua ditadura.
Mas, nessa empolgação apropriativa, Fernando Henrique
atribuiu os remédios genéricos ao
seu governo. Foram criados
quando Itamar Franco era presidente e o médico e senador Jamil
Haddad era o ministro da Saúde.
Quase sete anos, 1999, o governo
de Fernando Henrique ainda
tratava de adiar pela segunda
vez a aplicação da lei dos genéricos, indesejada pelos laboratórios
estrangeiros.
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