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PSDB e PFL negociam dobradinhas no Rio e em SP, mas sem definição
MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO
Lideranças do PSDB e do PFL
estão negociando uma dobradinha entre os partidos em São Paulo e no Rio visando às eleições
municipais. Os tucanos indicariam o vice do prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), candidato à reeleição. Em troca, o PFL comporia
chapa com o PSDB para a disputa
pela Prefeitura de São Paulo.
O vice-presidente do PFL paulista, deputado Gilberto Kassab,
admite que existe a negociação,
mas disse que o partido terá candidato próprio.
No Rio, embora com bom desempenho nas pesquisas, Maia
está tendo dificuldade em formar
alianças. Hoje, ele só conta com o
apoio do PTB e, possivelmente,
do PV. O PP terá candidato próprio, e o PDT, com o qual Maia
tenta buscar aproximação, está
cada vez mais inclinado a também ter seu candidato.
Em São Paulo, o nome considerado mais forte do PSDB é o do
ex-ministro José Serra, que, apesar das pressões internas, tem reiteradamente dito que não sairá
candidato.
O secretário da Segurança Pública Saulo de Castro Abreu Filho
é o preferido do governador Geraldo Alckmin, mas também estão na disputa: José Aníbal, ex-presidente do partido, e os deputados federais Zulaiê Cobra e
Walter Feldman. No PFL, disputam a indicação o senador Romeu
Tuma e o deputado federal José
Aristodemo Pinotti.
"Só abro mão [da minha candidatura] se for uma decisão nacional do PFL, mas desconheço essa
dobradinha. O presidente do partido [Jorge Bornhausen] me procurou para dizer que não há nenhuma relação entre o acerto político do Rio e o de São Paulo",
afirmou Pinotti, que atinge no
máximo 12% das intenções de votos, segundo pesquisa Datafolha
de março.
A negociação entre os partidos
explicaria a renúncia da deputada
federal Denise Frossard (PSDB) a
sua pré-candidatura à Prefeitura
do Rio. Frossard culpou o ex-governador Marcello Alencar de estar negociando o apoio a Maia.
Em carta aberta, a deputada
anunciou sua desistência.
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