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Para encerrar polêmica com MT, Inpe diz que seu sistema é eficaz
DA ENVIADA ESPECIAL
DA AGÊNCIA FOLHA
Para tentar colocar fim à controvérsia com o governo de Mato Grosso em torno dos dados
que apontam o Estado como
campeão de desmatamento, o
Inpe divulgou ontem um relatório em que conclui que o sistema Deter é "eficiente" e que a
proporção de alertas não confirmados como desmatamento
é menor do que 6%.
O documento mostra que o
Deter é eficiente para indicar a
ocorrência de desmatamento
por corte raso. Mas não é o sistema mais adequado para mapear o processo de degradação
florestal, pois subestima e detecta, em geral, processos já nos
estados finais de degradação.
O Inpe também checou fotos
de um relatório da Secretaria
de Estado do Meio Ambiente
de MT. De 854 fotos, foram
consideradas em condições de
análise 353. A partir delas, foram vistas as imagens correspondentes de satélite. Concluiu-se que 57,2% dos casos eram de degradação progressiva da floresta e 39%, corte raso.
O governo de MT só considera desmatamento o corte raso
-estágio final da degradação,
quando a floresta dá lugar a
pastagem e arbustos.
Gilberto Câmara, diretor do
Inpe, afirma que os instrumentos de fiscalização precisam
melhorar. "Não estamos satisfeitos hoje, mas é o que existe."
Ele disse que, a partir de
2011, haverá novos satélites.
Outra medida será usar, de forma complementar, dados do
satélite japonês Alos, que não
sofre influência das nuvens.
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