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Candidato de Collor
em AL pode ficar
inelegível
ARI CIPOLA
da Agência Folha, em Maceió
Uma certidão confirma que a
Organização Arnon de Mello, que
congrega empresas da família Collor de Mello, firmou dezenas de
contratos sem licitação com o governo de Alagoas, o que poderá fazer com que Euclydes Mello
(PRN), candidato ao governo do
Estado, fique inelegível.
Para o procurador do Estado
Márcio Guedes, Euclydes Mello é
inelegível porque não se afastou
do cargo de diretor-superintendente das empresas da família seis
meses antes da eleição, como determina a lei complementar 64/90.
A Organização Arnon de Mello
possui uma emissora de TV -coligada à Rede Globo-, um jornal
diário e seis emissoras de rádio. As
empresas eram administradas por
Euclydes Mello até o dia 12 de junho passado. Ele deveria ter deixado o cargo em 3 de abril passado.
Apesar de não apoiarem o governador Manoel Gomes de Barros (PTB), que tenta a reeleição, as
empresas de Collor firmaram 176
contratos no valor aproximado de
R$ 130 mil, no período em que
Euclydes Mello já deveria ter deixado o cargo para se candidatar.
Cópias dos contratos e de notas
fiscais obtidas pela reportagem
mostram que o dinheiro foi repassado para anúncios do governo
Euclydes Mello disse que consultou o TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) sobre a necessidade ou
não de ter de deixar o cargo seis
meses antes do pleito. Segundo
ele, o TSE informou que não haveria a necessidade descrita pelo
procurador Guedes e pelos juízes
consultados.
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