São Paulo, sexta, 3 de julho de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Candidato de Collor em AL pode ficar inelegível

ARI CIPOLA
da Agência Folha, em Maceió

Uma certidão confirma que a Organização Arnon de Mello, que congrega empresas da família Collor de Mello, firmou dezenas de contratos sem licitação com o governo de Alagoas, o que poderá fazer com que Euclydes Mello (PRN), candidato ao governo do Estado, fique inelegível.
Para o procurador do Estado Márcio Guedes, Euclydes Mello é inelegível porque não se afastou do cargo de diretor-superintendente das empresas da família seis meses antes da eleição, como determina a lei complementar 64/90.
A Organização Arnon de Mello possui uma emissora de TV -coligada à Rede Globo-, um jornal diário e seis emissoras de rádio. As empresas eram administradas por Euclydes Mello até o dia 12 de junho passado. Ele deveria ter deixado o cargo em 3 de abril passado.
Apesar de não apoiarem o governador Manoel Gomes de Barros (PTB), que tenta a reeleição, as empresas de Collor firmaram 176 contratos no valor aproximado de R$ 130 mil, no período em que Euclydes Mello já deveria ter deixado o cargo para se candidatar.
Cópias dos contratos e de notas fiscais obtidas pela reportagem mostram que o dinheiro foi repassado para anúncios do governo
Euclydes Mello disse que consultou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a necessidade ou não de ter de deixar o cargo seis meses antes do pleito. Segundo ele, o TSE informou que não haveria a necessidade descrita pelo procurador Guedes e pelos juízes consultados.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.