da Agência Folha

O superintendente da PF no Rio, Jairo Kullmann, disse à Justiça que pagou um informante com parte do dinheiro dado à corporação pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em 1991.
Na época, Kullmann era superintendente em Alagoas. Ele disse que pagou Cr$ 500 mil (equivalentes a US$ 467,81) ao informante, que teria possibilitado a apreensão de material contrabandeado.
O dinheiro, segundo Kullmann, foi enviado em setembro de 91 pela Coordenação Central de Polícia. Em comunicado oficial, o superintendente não diz se sabia que a origem da verba era a Previdência.
O desaparecimento do dinheiro do INSS está sendo investigado pela PF em Brasília. Kullmann é citado no inquérito, mas, até agora, não foi denunciado.
A situação do delegado Edson de Oliveira, ex-superintendente da PF no Rio, é complicada. Além de acusado de desviar dinheiro da Previdência, ele foi condenado em primeira instância pela acusação de extorquir dinheiro de contrabandistas. Ele aguarda julgamento e não foi localizado ontem.
Outro ex-superintendente, Eleutério Paracho, também é acusado por suposta prática de corrupção. Ele foi denunciado, aguarda julgamento por extorsão e não foi achado ontem.
Oito processos que correm em varas federais do Paraná envolvem sete agentes e três delegados da Polícia Federal. Um dos delegados, o diretor da Divisão da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Airton Nascimento Vicente, 46, responde a uma ação penal acusado de "facilitação de contrabando".
O processo contra Vicente, na 2ª Vara Federal de Foz, não impediu sua nomeação para ocupar o cargo de adido policial na Embaixada do Brasil em Assunção.
Ele afirmou que o processo foi uma "orquestração" da Procuradoria da República em Foz.
A Procuradoria da República no Rio Grande do Sul acompanha de perto o trabalho da Polícia Federal no Estado, fazendo visitas periódicas à superintendência da PF.
"É um paraíso, aqui a coisa funciona, o pessoal é idôneo", disse o procurador Douglas Fischer.



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