São Paulo, Sábado, 03 de Julho de 1999 |
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PAINEL Chope quente Foram o secretário Andrea Matarazzo (Comunicação de Governo) e o publicitário Mauro Salles que articularam o brinde de FHC à associação da Brahma com a Antarctica, no Alvorada. O episódio causou constrangimento, pois a união ainda depende de um parecer do Cade. Falta o cervejeiro A bênção de FHC à associação da Brahma com a Antarctica, fora de agenda, deixou claro a falta de alguém no Planalto com faro político para impedir a exposição do presidente nesses casos. Lacuna que pode ser preenchida na reforma ministerial esperada para os próximos dias. Chá de camomila O anúncio de reforma ministerial tirou o sono de muito ministro, mas Jorge Bornhausen (SC), presidente do PFL, e o peemedebista Padilha (Transportes) parecem com os nervos em dia. O pefelista viaja segunda para a França. O ministro tirou férias. Praia à vista Seis meses depois, Andrea Matarazzo está novamente cotado para o Ministério das Comunicações, cargo que esperava assumir em janeiro. Mas não é nada improvável que sobre de novo em nome da necessidade de FHC compor politicamente. Boa pedida Marchezan (PSDB-RS) fechou o número de assinaturas necessário para requerer CPI a fim de investigar o aumento do preço dos remédios. Para instalar a comissão, precisa aprovar o requerimento em plenário. Pode ter a ajuda do governo, também incomodado com os aumentos. Data conveniente Está em curso na CNI manobra para prorrogar por um ano o mandato do presidente da entidade, Fernando Bezerra (PMDB-RN), que é candidato a governador. Ficaria até outubro de 2002. O meu, o seu, o nosso De um alto prócer partidário, ao entrar nas suntuosas instalações do STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília: "Uau, até que o ACM tem razão!". Preparando a vingança O Banco do Nordeste vai entrar na mira de peemedebistas. Querem tirá-lo da área de influência do cacique tucano Tasso Jereissati (CE), que vem defendendo a saída do PMDB do governo. Juntando munição Argumento de peemedebistas que miram o Banco do Nordeste: se não fosse pela administração que faz do FNE (fundo constitucional destinado à região), o banco teria tido prejuízo nos últimos cinco anos. Só em 98, a perda teria sido de R$ 222 mi. Brecha perigosa A oposição está preocupada com o relatório final da lei que cria o Fundo de Universalização do Serviço Telefônico. Avalia que ela permitiria que as empresas usem a verba para cumprir metas a que se comprometeram nos contratos de privatização. Diálogo difícil Entrou areia na tentativa de reaproximação que o grupo de Michel Temer fazia com Orestes Quércia em São Paulo. O cacique ocupou quase todo o tempo do programa de TV do partido no Estado. Temer, presidente da Câmara, mal foi citado. Pequena retaliação O prefeito Celso Pitta está tirando as procuradoras do município que auxiliavam o Ministério Público e a polícia no esforço de investigação sobre irregularidades nas administrações regionais paulistanas. Não sabe o que faz Celso Pitta prometeu ao vereador paulistano Jooji Hato (PMDB) sancionar o projeto de lei que proíbe bares de vender bebida depois da 1h. Mas a assessoria jurídica da prefeitura vê inconsistências no texto. Profundo alívio Diplomatas brasileiros respiram aliviados com o fim, nesta semana, da presidência paraguaia do Mercosul. Com a troca de governo, em março, trocou-se também o segundo escalão diplomático e econômico. Que se embaralhava com coisas simples, como atas e convocatórias. TIROTEIO Do presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Gustavo Alkmin, sobre a defesa que a Força Sindical e o deputado Luiz Antonio Medeiros (PFL-SP) fazem da manutenção da Justiça do Trabalho: - Eles usam esse discurso para contrabandear o que realmente querem: a manutenção dos juízes classistas. CONTRAPONTO Início imediato Na terça passada, Paulo Teixeira (PT), Arnaldo Jardim (PPS) e um grupo de deputados estaduais de oposição foram conversar com o presidente da Assembléia de São Paulo, o tucano Vanderlei Macris. Queriam uma audiência com o vice-governador, Geraldo Alckimin, para discutir a privatização da Cesp, energética estadual. No gabinete de Macris, encontraram os deputados pedetistas Salvador Khuriyeh e Geraldo Vinholi, que estavam reunidos a sós com o tucano. Quando os dois grupos se cruzaram, alguém falou para os pedetistas: - Aí, hein?! Reunião de portas fechadas. Vocês vão mesmo fechar um acordo com o governo Covas! Khuriyeh ainda tentou brincar: - Alguém aí quer algum coisa? Um cafezinho? Era a deixa que Arnaldo Jardim esperava: - Não só fecharam o acordo, como já saíram com tarefa! Próximo Texto: Assistencialismo oficial é "vergonha", afirma FHC Índice |
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