São Paulo, quarta-feira, 03 de agosto de 2005

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CPI convoca Dirceu e Pizzolato para depor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI dos Correios aprovou ontem a convocação do ex-ministro da Casa Civil e deputado federal José Dirceu (PT-SP) e do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Por falta de acordo e temor do impacto da decisão sobre a economia, a discussão a respeito da quebra do sigilo bancário de dez fundos de pensão foi adiada para amanhã.
Os próprios petistas concordaram em convocar Dirceu, o que propiciou uma votação simbólica, ou seja, sem declaração individual de voto. Esse procedimento só ocorre quando há acordo. Ainda não há data marcada para o depoimento na CPI.
Dirceu está implicado na crise política desde o início, acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser o "chefe" de um esquema de arrecadação imprópria de recursos. É acusado ainda de ter relação com o publicitário Marcos Valério. O petista nega.
Já Pizzolato será questionado principalmente sobre aplicações financeiras de fundos de pensão. Em entrevista à Folha , ele afirmou que havia interferência política nas decisões da Previ.
A decisão sobre a quebra do sigilo bancário de dez fundos de pensão foi um dos maiores impasses, sendo adiada para amanhã. Presidente da CPI, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) teme desestabilização da economia.
Outra decisão foi o o pedido, para o Banco Central, da documentação de entrada e saída de recursos da conta do PT.
O objetivo é tentar identificar a origem do dinheiro que pagou uma dívida de R$ 29,4 mil do presidente Lula com o PT. O Planalto não explicou como foi quitado esse débito. (FK)


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