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Projeto fere a Constituição, diz associação
DA REPORTAGEM LOCAL
A Associação Brasileira
dos Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais
(Abramppe) e a Ordem dos
Advogados do Brasil entendem que as regras das eleições estão ameaçadas por inconstitucionalidades no texto da reforma eleitoral (PLC
141/2009) aprovado pela Câmara dos Deputados.
Nota pública assinada pelo
juiz Márlon Jacinto Reis,
presidente da Abramppe, e
Marcus Vinícius Furtado
Coelho, coordenador de direito eleitoral da OAB, condena os limites ao uso da internet. O projeto impede a
emissão de juízos favoráveis
ou desfavoráveis a candidatos, partidos e coligações.
"Essa medida sufoca a liberdade de crítica das atividades de comunicação realizadas por meio da internet",
afirmam. Segundo a nota, a
regra deveria limitar-se a
proibir expressamente o tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação.
No caso de candidato com
contas rejeitadas por fraude
e corrupção, a concessão de
certidão de que está em dia
com as obrigações eleitorais
é considerada um retrocesso.
Segundo a nota, ao equiparar as multas eleitorais aos
débitos com a Receita, o projeto cria uma "anistia camuflada". A maioria das multas
não excede R$ 10 mil. As
multas superiores poderão
ser pagas em 15 anos com juros simbólicos. O projeto nega ao Ministério Público
Eleitoral propor ações por
vícios nos programas partidários.
(FREDERICO VASCONCELOS)
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