São Paulo, quinta-feira, 03 de setembro de 2009

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Pós-Marina, Dilma muda tom e defende o ambiente

Ministra da Casa Civil diz que governo promove "desenvolvimento sustentável"
Quando a senadora, que deixou o PT, era ministra do Meio Ambiente, as duas travaram série de embates sobre a questão ambiental

SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No momento em que a pré-candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência ainda é digerida no governo e no PT, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) aproveitou ontem evento sobre saneamento para falar da questão ambiental do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A ministra, provável nome petista para a sucessão de Lula e que tem sua imagem atrelada ao PAC, citou o que chamou de "respeito" do governo federal à água e ao ambiente -tema-chave de Marina.
"É impossível termos vida se não tivermos respeito à água. Respeitar a água é respeitar os mananciais, respeitar os mananciais é respeitar o meio ambiente. Esse programa de saneamento é em primeiro lugar o respeito às águas desse país", disse a ministra da Casa Civil.
A seguir, Dilma falou por cerca de dez minutos sobre melhorias feitas pelo governo nas áreas de esgoto e saneamento para, logo depois, retomar a discussão sobre ambiente.
"Como iniciei minha fala, no centro da vida nas cidades estão nossos rios porque precisamos disso para viver. Respeitar esses rios é algo fundamental."
Segundo a ministra, o governo está demonstrando que é possível cuidar do ambiente, realizar obras de infraestrutura e ainda assim ter ganhos econômicos. "Hoje estamos tratando nossos mananciais e isso significa desenvolvimento sustentável. Temos que comemorar que estamos fazendo isso produzindo também riqueza para o país, que é possível ter política social que signifique ganhos econômicos."
Escolhida pelo presidente Lula como sua candidata à sucessão, Dilma poderá enfrentar na campanha do ano que vem a senadora Marina Silva, que deixou o PT e se filiou no último fim de semana ao PV.
Enquanto ministra do Meio Ambiente, Marina travou seguidos embates com Dilma. Um deles foi por conta da pressão do Planalto para a concessão de licenças ambientais para a construção de usinas hidrelétricas do rio Madeira -obras que fazem parte do PAC.
Dilma buscou também carimbar o PAC como programa social, nos moldes do Bolsa Família. Chegou a comparar os dois por proporcionarem inclusão e acesso à renda.


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