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Painel
Avarias em estudo
Estrategistas da reeleição
aconselham FHC a adiar o debate eleitoral. Só os opositores ganhariam. Avaliam que a tarefa de
atacar Ciro Gomes não cabe a
FHC, mas a um preposto. Mesmo assim, somente se Ciro subir
como um cometa nas pesquisas.
Calcanhar-de-aquiles
Para um publicitário tucano,
Ciro será prejudicado por um fenômeno anterior. Por mais que
fuja do carimbo, será sempre
comparado a Collor. É nordestino, jovem e agressivo. O PT também percebeu que isso incomoda Ciro e deve bater na tecla.
Saiu sem querer
Um marketeiro tucano atribui
a cansaço e irritação, e não a
uma estratégia definida, FHC ter
dito que não tem medo de "bicho-papão", referindo-se ao sonho presidencial de Ciro Gomes.
A nova Arena
Após a filiação de Nilton Cerqueira, alguns tucanos dizem,
em tom de brincadeira, que pretendem investir no filão militar.
Só faltaria convidar o general
Newton Cruz e o ex-presidente
Figueiredo para entrar no PSDB.
Inflação doméstica
Os restaurantes que servem os
funcionários do Planalto aumentaram os preços em até
64,28%. Uma refeição básica,
que saía por R$ 4,50, subiu para
R$ 7. Com o aval do governo.
Compensação tardia
Covas (SP) autorizou o pagamento da última indenização às
vítimas da invasão da PUC em
77: R$ 112 mil para Maria Cristina Raduan. Agora, o Estado estuda uma forma de cobrar a conta de Erasmo Dias (PPB), secretário da Segurança à época.
Sem prorrogação
ACM quer votar o Orçamento
de 98 em 13 de dezembro. Para
permitir que o Congresso entre
em recesso no dia 15. Acertou os
detalhes com Aracely de Paula
(PFL-MG), que vai apressar a
conclusão de seu relatório.
Agora vai
O pugilista Maguila e o campeão olímpico João do Pulo filiaram-se ontem ao PFL paulista.
Ecologicamente incorreto
O Ibama e o Incra vão pedir
uma reunião com o MST para
debater um levantamento que
mostra crescimento de invasões
em áreas de preservação ambiental. Exemplo: em Sergipe,
1.911 famílias ocupam 43,5% de
toda a Mata Atlântica do Estado.
Aleluia no último volume
FHC prometeu atender reivindicação das igrejas evangélicas.
Elas não deverão ser atingidas
pela nova lei de crimes ambientais, em tramitação na Câmara.
Os cultos barulhentos não serão
considerados poluição sonora.
Guerrilha no ar
As rádios comunitárias fechadas se rebelarão contra Serjão,
retirando em 15 de novembro os
lacres ministeriais. "O lema é
instalar, resistir e transmitir",
diz Fernando Ferro (PT-PE). Na
Internet (www.pt.org.br), o PT
ensina a fazer uma rádio pirata.
Saudades colloridas
Empresários homenagearam
Collor em festa na terça passada,
em São Paulo. Até Calim Eid, auxiliar antigo de Maluf, esteve lá.
O negócio tá feio
Alguns secretários de Fazenda
estão adiando a assinatura do
documento para receber um
choro extra das perdas com a Lei
Kandir. Querem guardar o dinheiro para o 13º do funcionalismo, evitando que os governadores gastem em outra coisa.
Cidade virtual
Desapareceram ontem as dezenas de camelôs que ficam em
volta do Parlatino, em São Paulo. Coincidentemente, Covas e
Pitta programavam ida a ato no
local para comemorar os 30 anos
do Tribunal de Alçada Criminal.
Ciranda aberta
O PFL já tem a desculpa para
ACM ignorar o parecer do BC
contra autorização para o Paraná, do neopefelista Lerner, contrair empréstimo externo de US$
1,6 bi. Vai lembrar precedente
para o Rio Grande do Sul.
Clima amigo
FHC não tratará com Suplicy
(PT-SP) de renda mínima. "A
audiência será para pedir que o
senador pare de obstruir projeto
de bolsa-escola", diz Eduardo
Graeff, subchefe de Assuntos
Parlamentares do Planalto.
TIROTEIO
De Ivan Valente (PT-SP), sobre FHC ter dito, em tom irônico, que pediria sugestões ao papa sobre desemprego:
- Quer entregar o grave problema do desemprego a Deus e
os trabalhadores ao inferno.
CONTRAPONTO
Tom e Jerry
Na eleição para a Prefeitura de
São Carlos (SP), em 96, antigos
adversários locais se reuniram
em uma frente para tentar derrotar o candidato favorito, Paulo
Altomani, do PSDB.
O candidato da frente
PFL-PTB-PDT-PPB foi o pefelista Dagnoni Mello.
A reunião de desafetos históricos foi explorada na campanha
de Altomani, que argumentava
que a reunião de tantos inimigos
entre si era puro oportunismo
eleitoral.
No início, os apoiadores de
Mello não sabiam como reagir
ao apelido de "balaio de gatos".
A alcunha era repetida diariamente na TV pelos tucanos, que
só subiam nas pesquisas.
Alguns dias antes da eleição, o
grupo do pefelista resolveu mudar de estratégia. Aceitou o apelido e foi para o contra-ataque:
- Somos um balaio de gatos,
sim. E vamos comer os ratos do
balaio tucano.
Acabaram vencendo a eleição
com 2 mil votos de diferença.
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