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QUESTÃO AGRÁRIA
Ministro Raul Jungmann diz que envio de policiais federais visava proteger a fazenda de filhos de FHC
Ação em Buritis foi preventiva, diz governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Raul Jungmann
(Desenvolvimento Agrário) disse
ontem que "foi uma ação preventiva" o envio de oito agentes da
Polícia Federal para proteger a fazenda dos filhos do presidente
Fernando Henrique Cardoso, localizada em Buritis (MG).
O governo temia que os sem-terra voltassem a acampar em
frente à fazenda depois da reunião
entre o secretário-nacional da
CNBB (Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil), dom Raymundo Damasceno, e o presidente
Fernando Henrique Cardoso.
O governo não aceitou a reivindicação do MST, que queria um
crédito de R$ 2.000 para 110 mil
famílias com juros subsidiados de
1,15% anuais e desconto de 40%
no total da dívida na hora do pagamento.
Apesar de decepcionados com a
proposta do governo, os sem-terra não vão voltar a acampar em
frente à fazenda Córrego da Ponte
durante essa semana.
Até a próxima segunda-feira, o
movimento vai discutir a proposta do governo com os sem-terra
assentados e acampados.
O governo propõe um desconto
de R$ 40 para o assentado que pegar um empréstimo de 2.000 nas
condições da linha C do Pronaf,
que tem juros anuais de 4% e rebate fixo de R$ 200.
No mês passado, cerca de 500
sem-terra permaneceram acampados em frente à fazenda durante nove dias.
O governo federal enviou soldados das Forças Armadas para
proteger o imóvel gerando protestos do governador de Minas,
Itamar Franco.
Na sexta-feira, o ministro José
Gregori (Justiça), enviou uma
carta a Itamar Franco solicitando
o envio de soldados da PM mineira para o local.
Diante da negativa do governador, o ministro decidiu mandar
soldados da PF. Os agentes devem
permanecer na fazenda até a próxima semana.
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