DA AGÊNCIA FOLHA

Como forma de reprimir a compra de votos, a Justiça Eleitoral em Roraima e Rondônia proibiu que candidatos saquem valores elevados em agências bancárias até o dia da eleição, no próximo domingo. Em Roraima, em pelo menos em sete cidades, a norma vale para todos os cidadãos.
Nos municípios onde a norma foi expedida, o correntista não poderá sacar mais de R$ 1.000 por dia. Já as prefeituras estão proibidas de fazer saques de mais de R$ 5.000.
Em Rondônia, a resolução também impede o pagamento de cabos eleitorais nos próximos dias. No Estado, o limite máximo de saques permitido para candidatos de quarta-feira até domingo é de R$ 5.000.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, cabe aos bancos operacionalizar a proibição de saques. O tribunal diz que há meios no sistema de informação dos bancos de identificar as pessoas que concorrem nesta eleição.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), por meio de sua assessoria, informou que a Justiça Eleitoral nos Estados tem autonomia para criarem resoluções do tipo. Também afirmou que não vai se manifestar sobre as medidas se elas não forem contestadas judicialmente.
Em Rondônia, as duas principais coligações apóiam a determinação da Justiça. O presidente estadual do PT, Tácito Pereira, diz que a medida não compromete a administração da campanha. O candidato do partido Roberto Sobrinho lidera as pesquisas em Porto Velho.
Eusébio Lopes, da coordenação de campanha do candidato Lindomar Garçon (PV), também afirma que a determinação só prejudica maus políticos que pretendem fazer gastos irregulares. (FELIPE BÄCHTOLD e JOSÉ EDUARDO RONDON)


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