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São Paulo, segunda-feira, 03 de novembro de 2003

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RUMO A 2004

Desempenho dos pré-candidatos tucanos -Feldman, Zulaiê e Chalita- é pior do que o de Enéas (Prona) e Paulinho (PDT)

Maluf e Marta largam na frente em São Paulo

ROGÉRIO GENTILE
EDITOR-ADJUNTO DE BRASIL

A 11 meses das eleições municipais, Paulo Maluf (PP) e Marta Suplicy (PT) aparecem como favoritos para a disputa à Prefeitura de São Paulo. Nos oito cenários testados pelo Datafolha, na sua primeira pesquisa sobre o pleito de 2004, verificou-se empate técnico entre o ex e a atual prefeita.
O empate técnico decorre da margem de erro da pesquisa de, no máximo, três pontos percentuais -para mais ou menos.
Numericamente, Maluf está à frente da petista, com percentuais que oscilam de 25% a 27%. As taxas da atual prefeita variam de 23% a 25%.
Ressalte-se que a gestão atual de Marta melhorou, segundo o Datafolha. A atuação da prefeita hoje é considerada ótima ou boa por 34% dos paulistanos. No final de março, apenas 20% tinham essa mesma avaliação.
Derrotado nos últimos três pleitos a que concorreu, Paulo Maluf não decidiu se competirá desta vez. Sem o quadro de candidaturas definido, é preciso considerar que a pesquisa capta, além da intenção de voto, a memória de pleitos anteriores.
Em setembro de 1999, aproximadamente um ano antes da eleição que a alçou ao Palácio das Indústrias, Marta liderava a pesquisa, com intenções de voto que variavam de 36% a 40%, dependendo do cenário. Maluf recebia entre 18% e 22% das intenções de voto.
Assim como naquela época, Luiza Erundina (PSB) surge na sequência da pesquisa atual ora com 16%, ora com 17%. Em três hipóteses, a ex-prefeita e ex-petista se manifesta em situação de igualdade técnica com Marta, embora no limite da margem de erro.
Na votação espontânea -modalidade em que a lista dos prováveis candidatos às eleições não é apresentada pelo instituto aos entrevistados- Marta recebe 12% das menções, contra 9% de Maluf e 2% de Erundina.
O senador Romeu Tuma é o pefelista com melhor desempenho na aferição estimulada: obteve 11% em três das quatro possibilidades que trazem seu nome.
O deputado José Aristodemo Pinotti, que recentemente trocou o PMDB pelo PFL, atinge 5% em uma ocasião e 6% em outras três.

Tucanos indefinidos
Os quatro nomes do PSDB submetidos ao teste têm desempenho fraco, alcançando entre 1% e 3% das intenções de voto, abaixo de Enéas (do Prona, com 4% ou 5%) e de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (do PDT, de 2% a 4%).
Foram pesquisados no PSDB os deputados federais Walter Feldman e Zulaiê Cobra, além dos secretários da administração Geraldo Alckmin Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança Pública) e Gabriel Chalita (Educação).
O pouco vigor dos tucanos deve deflagrar nova rodada de apelos no PSDB para que o ex-ministro José Serra dispute a eleição, opção defendida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A candidatura municipal, no entanto, é uma possibilidade que, até o momento, o presidenciável derrotado no ano passado tem se recusado a considerar. Diante da falta de um concorrente consensual, o PSDB deve postergar a definição para depois do Carnaval.
O levantamento foi realizado nos dias 28 e 29 de outubro. O Datafolha ouviu 1.096 moradores da cidade de São Paulo.


Colaborou ISABELA SALGUEIRO, da Redação


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