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RUMO A 2004
Desempenho dos pré-candidatos tucanos -Feldman, Zulaiê e Chalita- é pior do que o de Enéas (Prona) e Paulinho (PDT)
Maluf e Marta largam na frente em São Paulo
ROGÉRIO GENTILE
EDITOR-ADJUNTO DE BRASIL
A 11 meses das eleições municipais, Paulo Maluf (PP) e Marta
Suplicy (PT) aparecem como favoritos para a disputa à Prefeitura
de São Paulo. Nos oito cenários
testados pelo Datafolha, na sua
primeira pesquisa sobre o pleito
de 2004, verificou-se empate técnico entre o ex e a atual prefeita.
O empate técnico decorre da
margem de erro da pesquisa de,
no máximo, três pontos percentuais -para mais ou menos.
Numericamente, Maluf está à
frente da petista, com percentuais
que oscilam de 25% a 27%. As taxas da atual prefeita variam de
23% a 25%.
Ressalte-se que a gestão atual de
Marta melhorou, segundo o Datafolha. A atuação da prefeita hoje
é considerada ótima ou boa por
34% dos paulistanos. No final de
março, apenas 20% tinham essa
mesma avaliação.
Derrotado nos últimos três pleitos a que concorreu, Paulo Maluf
não decidiu se competirá desta
vez. Sem o quadro de candidaturas definido, é preciso considerar
que a pesquisa capta, além da intenção de voto, a memória de
pleitos anteriores.
Em setembro de 1999, aproximadamente um ano antes da eleição que a alçou ao Palácio das Indústrias, Marta liderava a pesquisa, com intenções de voto que variavam de 36% a 40%, dependendo do cenário. Maluf recebia entre
18% e 22% das intenções de voto.
Assim como naquela época,
Luiza Erundina (PSB) surge na sequência da pesquisa atual ora
com 16%, ora com 17%. Em três
hipóteses, a ex-prefeita e ex-petista se manifesta em situação de
igualdade técnica com Marta, embora no limite da margem de erro.
Na votação espontânea -modalidade em que a lista dos prováveis candidatos às eleições não é
apresentada pelo instituto aos entrevistados- Marta recebe 12%
das menções, contra 9% de Maluf
e 2% de Erundina.
O senador Romeu Tuma é o pefelista com melhor desempenho
na aferição estimulada: obteve
11% em três das quatro possibilidades que trazem seu nome.
O deputado José Aristodemo
Pinotti, que recentemente trocou
o PMDB pelo PFL, atinge 5% em
uma ocasião e 6% em outras três.
Tucanos indefinidos
Os quatro nomes do PSDB submetidos ao teste têm desempenho
fraco, alcançando entre 1% e 3%
das intenções de voto, abaixo de
Enéas (do Prona, com 4% ou 5%)
e de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (do PDT, de 2% a 4%).
Foram pesquisados no PSDB os
deputados federais Walter Feldman e Zulaiê Cobra, além dos secretários da administração Geraldo Alckmin Saulo de Castro
Abreu Filho (Segurança Pública)
e Gabriel Chalita (Educação).
O pouco vigor dos tucanos deve
deflagrar nova rodada de apelos
no PSDB para que o ex-ministro
José Serra dispute a eleição, opção
defendida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A candidatura municipal, no
entanto, é uma possibilidade que,
até o momento, o presidenciável
derrotado no ano passado tem se
recusado a considerar. Diante da
falta de um concorrente consensual, o PSDB deve postergar a definição para depois do Carnaval.
O levantamento foi realizado
nos dias 28 e 29 de outubro. O Datafolha ouviu 1.096 moradores da
cidade de São Paulo.
Colaborou ISABELA SALGUEIRO, da Redação
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