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São Paulo, segunda-feira, 03 de novembro de 2003

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Youssef pode abrir "temporada" de prisões

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A prisão preventiva do doleiro Alberto Youssef, ontem, em Londrina (PR), pode ser a primeira de uma série relacionada ao trabalho da força-tarefa que investiga remessas ilegais para o exterior pelo Banestado (Banco do Estado do Paraná), por intermédio de contas CC-5 (de não residentes).
A força-tarefa, que reúne procuradores da República, delegados federais e auditores da Receita Federal, trabalha na investigação das chamadas "contas bondes" (receptoras de depósitos de mais de um correntista) em bancos americanos, que recebiam depósitos do Banestado pela sua agência de Nova York.
A Agência Folha apurou que, no próximo dia 15, a força-tarefa volta aos Estados Unidos em busca dos documentos da quebra do sigilo bancário de pelo menos nove dessas contas.
Busca também, no Departamento de Justiça dos Estados Unidos, mais informações e a quebra de sigilo bancário da doleira Maria Carolina Nolasco, uma portuguesa com cidadania americana que fez remessas pelo Banestado, no Brasil, à agência em Nova York.
No Swiss Bank, as "contas bondes" investigadas pela força-tarefa são do Banco Araucária, de Chaya Moghrabi e do Corfan Banco. No Chase, a conta investigada é a Tucano, enquanto no MTB Bank, as contas são Depolo, Banordic Financial e Tupi Câmbios.
As outras duas "contas bondes" sob investigação são a Almatos Financial, no Union BK Switzerland, e a Pai Capital, no BK Audi. Todas essas contas já têm autorização para quebra de sigilo da Justiça americana.
A expectativa dos procuradores e delegados federais é que, com a relação dos correntistas que operavam essas "contas bondes", será possível entrar com ações na Justiça Federal contra os responsáveis por crime de evasão de divisas e sonegação fiscal (crime contra a ordem tributária).

Adiamento
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista do Congresso que investiga a evasão de divisas, conhecida como CPI do Banestado, teve recentemente seu prazo de conclusão prorrogado por mais seis meses e deve se estender até junho do ano que vem devido ao recesso de final de ano.
(JOSÉ MASCHIO)


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