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SAIBA MAIS
Youssef pode abrir "temporada" de prisões
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
A prisão preventiva do doleiro Alberto Youssef, ontem, em
Londrina (PR), pode ser a primeira de uma série relacionada
ao trabalho da força-tarefa que
investiga remessas ilegais para
o exterior pelo Banestado
(Banco do Estado do Paraná),
por intermédio de contas CC-5
(de não residentes).
A força-tarefa, que reúne
procuradores da República,
delegados federais e auditores
da Receita Federal, trabalha na
investigação das chamadas
"contas bondes" (receptoras de
depósitos de mais de um correntista) em bancos americanos, que recebiam depósitos do
Banestado pela sua agência de
Nova York.
A Agência Folha apurou que,
no próximo dia 15, a força-tarefa volta aos Estados Unidos em
busca dos documentos da quebra do sigilo bancário de pelo
menos nove dessas contas.
Busca também, no Departamento de Justiça dos Estados
Unidos, mais informações e a
quebra de sigilo bancário da
doleira Maria Carolina Nolasco, uma portuguesa com cidadania americana que fez remessas pelo Banestado, no Brasil, à agência em Nova York.
No Swiss Bank, as "contas
bondes" investigadas pela força-tarefa são do Banco Araucária, de Chaya Moghrabi e do
Corfan Banco. No Chase, a
conta investigada é a Tucano,
enquanto no MTB Bank, as
contas são Depolo, Banordic
Financial e Tupi Câmbios.
As outras duas "contas bondes" sob investigação são a Almatos Financial, no Union BK
Switzerland, e a Pai Capital, no
BK Audi. Todas essas contas já
têm autorização para quebra
de sigilo da Justiça americana.
A expectativa dos procuradores e delegados federais é que,
com a relação dos correntistas
que operavam essas "contas
bondes", será possível entrar
com ações na Justiça Federal
contra os responsáveis por crime de evasão de divisas e sonegação fiscal (crime contra a ordem tributária).
Adiamento
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista do Congresso que investiga a evasão
de divisas, conhecida como
CPI do Banestado, teve recentemente seu prazo de conclusão prorrogado por mais seis
meses e deve se estender até junho do ano que vem devido ao
recesso de final de ano.
(JOSÉ MASCHIO)
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