São Paulo, quarta-feira, 03 de novembro de 2004 |
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PAINEL Encontro marcado Geraldo Alckmin que se cuide. A partir de hoje, o PT lhe promete dois anos de combate sem trégua na Assembléia Legislativa paulista. É esse o front escolhido para dificultar a vida do governador, que o partido já trata como o anti-Lula de 2006. Começar de novo Sem emprego a partir de janeiro, alguns dos quadros de médio escalão da gestão Marta já têm destino certo: a assessoria parlamentar petista na Assembléia. Serão encarregados de revirar o Executivo paulista em busca de munição contra Alckmin. Agora vai Ciente de que o governo Alckmin já teve base aliada mais sólida na Assembléia, os petistas esperam finalmente conseguir quebrar o jejum de CPIs da atual legislatura. Rodoanel e CDHU são os alvos prioritários. Bagunçando o coreto A decisão petista de não dar descanso a Alckmin na Assembléia se estende à eleição da Mesa, em março. A idéia é inviabilizar, com a ajuda de descontentes da base aliada, a eleição de um tucano para a presidência. Sonho ameaçado A ofensiva oposicionista sobre a Mesa da Assembléia atinge em cheio os planos de Edson Aparecido, um dos coordenadores da campanha de José Serra. Há muito o deputado planeja tornar-se presidente da Casa. Fora de área Tucanos estão contando as horas. Até ontem, Marta ainda não havia ligado para o prefeito eleito. Em 2002, Serra telefonou ao vitorioso Lula na própria noite do domingo da votação. Federalizou Do senador tucano Tasso Jereissati sobre a derrota de Marta Suplicy: "Foi a única eleição deste ano com clara conotação federal. Em São Paulo, a classe média disse "não" ao PT como um todo, não apenas a Marta". Correndo por fora 1 Terceira via na disputa tucana pela presidência da Câmara paulistana, Roberto Tripoli começa a conquistar a simpatia de vereadores do PTB, PMDB e PP, que o enxergam como opção intermediária aos "tratores" José Aníbal e Ricardo Montoro. Correndo por fora 2 Para que Tripoli tenha chance de virar presidente, será necessário dar a Aníbal algum cargo na futura administração Serra, já que os dois são do mesmo grupo tucano. Se ambos permanecerem na Câmara, o ex-líder de FHC terá prioridade. Sinal invertido Se quiser mesmo revogar a taxa de lixo, o petista Arselino Tatto terá de uma empunhar bandeira tucana. A cobrança está prevista na lei 13.478, a mesma que concede a limpeza pública a empresas privadas e que foi alvo da campanha de Serra. Coleta seletiva 1 Por apostar que a reeleição das Mesas do Congresso não passa, Renan Calheiros já trabalha na tentativa de não ter o Planalto como adversário em seu projeto de presidir o Senado. Hoje o peemedebista chega a Brasília para ajudar o governo em votações. Mas só em algumas. Coleta seletiva 2 Renan negocia para que o PMDB aprove créditos suplementares e o Orçamento de 2005. Mas não moverá palha em relação às MPs que bloqueiam a pauta da Câmara e impedem a votação da emenda da reeleição. Posição marcada De olho no crescimento do PSDB em Santa Catarina, o governador peemedebista Luiz Henrique anunciou ontem, antes de embarcar para a Europa, que é candidato à reeleição em 2006. Os tucanos ganharam a capital, Florianópolis. TIROTEIO Do líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP), em resposta a Raul Pont, que atribuiu sua derrota em Porto Alegre a frustrações da população com o governo Lula: -O companheiro precisa tomar um banho frio, esfriar a cabeça e ver onde errou, em vez de transferir responsabilidades. Quem sabe o fato de ter escondido o presidente Lula na campanha não foi o problema? CONTRAPONTO Na saúde e na doença
Na reta final da campanha em
São Paulo, o candidato a vice-prefeito de Marta Suplicy, Rui
Falcão, sob ataque do PSDB,
passou a exibir expressões de
dor durante suas caminhadas ao
lado da prefeita. |
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