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SÃO PAULO
Prefeito eleito também deve convidar deputados do PSDB e do PFL
Secretariado de Serra pode alterar equipe de Alckmin
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A montagem da equipe de José
Serra na Prefeitura de São Paulo
poderá ter ressonância no Palácio
dos Bandeirantes e na Câmara de
Deputados. A expectativa é que a
composição de Serra provoque
uma dança de cadeiras no secretariado de Geraldo Alckmin.
Entre os tucanos, uma das apostas é que Serra venha a escalar a
secretária estadual de Assistência
Social, Maria Helena Guimarães
de Castro, para sua equipe. Secretária-executiva do Ministério da
Educação no governo FHC, ela foi
uma das coordenadoras de seu
programa de governo.
Outros dois nomes associados a
Serra são os dos secretários de
Planejamento, Andrea Calabi, e o
da Saúde, Luiz Roberto Barradas
Barata. Mas, já à véspera da eleição, Serra não tinha decidido se
iria recrutar colaboradores no
staff de Alckmin.
Uma das decisões tomadas ainda no primeiro turno foi a criação
da Secretaria do Deficiente. Serra
adiantou que o cargo seria ocupado por uma mulher. Duas são cotadas: Gilda Portugal Gouvêa, ex-assessora do Ministério da Educação, e Lina Mara, que, no Ministério da Saúde, foi responsável pela
política dedicada ao setor.
A eleição de Serra já produziu
mudanças na bancada da Câmara
de Deputados. A primeira delas é
de Walter Barelli para o Congresso. Ele foi beneficiado com a eleição de Gilberto Kassab como vice-prefeito. Além disso, o próprio
Serra já teria dito ao deputado José Aristodemo Pinotti (PFL) que
conta com sua participação.
Ex-reitor da Unicamp e secretário estadual quando Serra comandava o Planejamento no governo
Franco Montoro, Pinotti é cogitado para a Educação, o que abriria
uma nova vaga na Câmara.
O desenho na Câmara também
terá reflexo na equipe de Serra.
Disposto a concorrer ao governo
do Estado, o ex-ministro Aloysio
Nunes Ferreira sonhava com a liderança da bancada do PSDB. Como um dos líderes de oposição,
teria exposição nacional.
A vaga estaria aberta com a eleição do atual líder, Custódio Mattos, para a Prefeitura de Juiz de
Fora (MG). Custódio perdeu e,
agora, o PSDB de São Paulo avalia
se enfrentaria o governador Aécio
Neves pela liderança. Uma das alternativas seria dar a presidência
do PSDB ao senador Eduardo
Azeredo (MG)."Sem a liderança,
fico limitado", disse Aloysio a um
interlocutor.
O quadro na Câmara será importante para a escolha do secretário de governo da prefeitura.
Fora da liderança, Aloysio poderia assumir o papel de articulador.
Do contrário, poderá ser ocupada
pelo deputado Walter Feldman.
A escolha do representante do
PPS dependerá do deputado estadual Arnaldo Jardim. Chamado
de "aliado de primeira hora", ele
estaria disposto a ocupar a secretaria de Habitação. Mas uma das
hipóteses levantadas por seus interlocutores é que, numa negociação maior, ele venha a ser convidado por Alckmin.
Em conversas com interlocutores, Serra tem autorizado a especulação de nomes. Sua idéia, segundo tucanos, é promover um
enxugamento da estrutura para,
daí, chamar os titulares. Na equipe, há sinais de que os coordenadores da campanha serão aproveitados, a exemplo do ex-ministro Clóvis Carvalho (cotado para
atuar como "gerentão"), Edsom
Ortega e Felipe Soutello.
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