|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VOTAÇÃO
Norte foi recordista em gastos
Eleição de 2002 custou mais de R$ 6 por eleitor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O voto de cada eleitor custou
neste ano R$ 6,77 para o poder
público, considerando todas as
medidas preparativas e a realização das eleições, segundo estudo
realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro a pedido do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Os três Estados recordistas foram da região Norte: Roraima (R$
34,76), Amapá (R$ 32,40) e Acre
(R$ 22,63). Os que menos gastaram, na comparação com o seu
eleitorado, foram São Paulo (R$
3,76), Rio Grande do Sul (R$ 5,48)
e Rio de Janeiro (R$ 5,76).
A conclusão dos responsáveis
pelo estudo é que a média nacional ainda é muito alta, embora tenha baixado em relação às duas
últimas eleições: R$ 9,04 em 1998
e R$ 8,08 em 2000. Outra constatação é sobre a grande disparidade no custo por Estado.
O TSE informou que o estudo é
preliminar, porque ainda não inclui algumas despesas, como o
envio de tropas do Exército para
locais de tensão nos dias de votação (primeiro e segundo turnos) e
a remuneração de pessoas que
não são do quadro da Justiça Eleitoral, mas que foram convocadas
para atuar na preparação das eleições, na votação ou na apuração.
Após incluir esses dados, o valor
poderá aumentar. O levantamento levou em consideração gastos
como a manutenção da estrutura
da Justiça Eleitoral (pessoal, serviços e material) e as atividades diretamente relacionadas às eleições, como compra de novas urnas eletrônicas.
Problemas
O trecho do relatório sobre o estudo divulgado ontem pelo TSE
não revela os valores absolutos
dos gastos nem informa se o cálculo do custo relativo levou em
conta os 115,2 milhões de eleitores
cadastrados a votar ou os cerca de
90 milhões que compareceram
em cada turno.
O TSE divulgou que fará nova
depuração no cadastro de eleitores, na tentativa de excluir os chamados eleitores "fantasmas", ou
seja, os nomes de pessoas que já
morreram. O tribunal também
informou que criará outras 81 mil
seções eleitorais, além das 336,7
mil já existentes, para reduzir o
problema de longas filas verificado no primeiro turno.
Texto Anterior: No Ar - Nelson de Sá: De Canudos ao Capão Próximo Texto: Evento: Folha faz debate sobre o futuro governo Lula Índice
|