São Paulo, terça-feira, 03 de dezembro de 2002

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VOTAÇÃO

Norte foi recordista em gastos

Eleição de 2002 custou mais de R$ 6 por eleitor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O voto de cada eleitor custou neste ano R$ 6,77 para o poder público, considerando todas as medidas preparativas e a realização das eleições, segundo estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro a pedido do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Os três Estados recordistas foram da região Norte: Roraima (R$ 34,76), Amapá (R$ 32,40) e Acre (R$ 22,63). Os que menos gastaram, na comparação com o seu eleitorado, foram São Paulo (R$ 3,76), Rio Grande do Sul (R$ 5,48) e Rio de Janeiro (R$ 5,76).
A conclusão dos responsáveis pelo estudo é que a média nacional ainda é muito alta, embora tenha baixado em relação às duas últimas eleições: R$ 9,04 em 1998 e R$ 8,08 em 2000. Outra constatação é sobre a grande disparidade no custo por Estado.
O TSE informou que o estudo é preliminar, porque ainda não inclui algumas despesas, como o envio de tropas do Exército para locais de tensão nos dias de votação (primeiro e segundo turnos) e a remuneração de pessoas que não são do quadro da Justiça Eleitoral, mas que foram convocadas para atuar na preparação das eleições, na votação ou na apuração.
Após incluir esses dados, o valor poderá aumentar. O levantamento levou em consideração gastos como a manutenção da estrutura da Justiça Eleitoral (pessoal, serviços e material) e as atividades diretamente relacionadas às eleições, como compra de novas urnas eletrônicas.

Problemas
O trecho do relatório sobre o estudo divulgado ontem pelo TSE não revela os valores absolutos dos gastos nem informa se o cálculo do custo relativo levou em conta os 115,2 milhões de eleitores cadastrados a votar ou os cerca de 90 milhões que compareceram em cada turno.
O TSE divulgou que fará nova depuração no cadastro de eleitores, na tentativa de excluir os chamados eleitores "fantasmas", ou seja, os nomes de pessoas que já morreram. O tribunal também informou que criará outras 81 mil seções eleitorais, além das 336,7 mil já existentes, para reduzir o problema de longas filas verificado no primeiro turno.


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