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Anteprojeto quer facilitar quebra de sigilo de servidores
ANDREA MICHAEL
ENVIADA ESPECIAL A RIBEIRÃO PRETO
Os órgãos que fixam a política de governo para o combate à
corrupção e à lavagem de dinheiro irão elaborar um anteprojeto de lei a fim de permitir
a quebra automática dos sigilos
bancário e fiscal de todo servidor público que for alvo de investigação por suspeita de ter
praticado atos de improbidade
administrativa ou crime contra
a administração pública.
A elaboração do anteprojeto
de lei está entre as 33 metas
para 2007 fixadas ontem na
reunião anual dos cerca de 60
órgãos responsáveis por elaborar a Enccla (Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à
Lavagem de Dinheiro).
Defendida principalmente
pelos representantes do Ministério Público Federal e dos Estados, a proposta é polêmica,
pois está entre os princípios
constitucionais a proteção de
tais sigilos. Permitir o acesso
aos dados dos servidores também seria ter um entendimento desigual dos direitos dos cidadãos, o que pode ser visto como violação do princípios constitucional da isonomia.
"É uma forma de monitorar
melhor e de uma maneira mais
rápida, com a reserva de que esse servidor já esteja respondendo a alguma investigação", disse a secretária nacional de Justiça, Claudia Chagas, que coordenou a reunião da Enccla.
Como meta, a Enccla definiu
a elaboração de um "cadastro
nacional de pessoas naturais ou
jurídicas declaradas inidôneas
ou proibidas de contratar com a
administração pública".
Serão incluídas na lista pessoas e empresas que não cumpram os termos de contratos
firmados e aquelas que têm
pendências tributárias.
Outro tema polêmico que está entre as metas é o maior controle do uso de recursos públicos destinados às organizações
não-governamentais.
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