DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE

Práticas que seriam consideradas crimes em uma eleição foram mais uma vez notadas na disputa do PT em São Paulo. Assim como em 2005, cabos eleitorais e simpatizantes de candidatos à presidência fizeram boca-de-urna, distribuíram santinhos e transportaram eleitores aos locais de votação.
Em alguns casos, coordenadores de campanha, motoristas e cabos eleitorais receberam entre R$ 30 e R$ 50, segundo apurou a reportagem com militantes.
No diretório zonal da Vila Mariana, apoiadores das candidaturas de José Américo (presidência municipal) Edinho Silva (estadual) e Ricardo Berzoini (nacional) "orientavam" os militantes sobre como votar. Logo na entrada do prédio, um cabo eleitoral distribuía uma cópia minimizada da cédula com os nomes dos candidatos. Era uma espécie de "cola" que também foi entregue por outros concorrentes nos demais locais de votação.
Segundo um militante que pediu para não ser identificado, a "cola" é usada para facilitar a vida do eleitor.
O transporte de eleitores foi constatado na região da Capela do Socorro, zona de influência do deputado federal e ex-secretário de Transportes da cidade, Jilmar Tatto. Ele confirmou que faz o transporte, mas minimizou o caso. "Temos que facilitar a vida do filiado. Todas as correntes estão fazendo isso, inclusive Berzoini e Cardozo." Berzoini negou que a prática seja adotada em sua campanha. Cardozo disse ser contra o transporte de eleitores.


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