São Paulo, quarta-feira, 03 de dezembro de 2008

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Condenado

Na manchete do "Jornal Nacional", "Operação Satiagraha. A Justiça condena Daniel Dantas e mais dois acusados de corrupção".
Na manchete do portal UOL, início da noite, "Daniel Dantas é condenado a dez anos de prisão". No Terra, antes, "Juiz condena Dantas, pede respeito e alfineta Supremo". No G1, depois, "Ministério Público quer 12 anos para Dantas e defesa diz que o processo é nulo". E no iG, início da noite, "Sentença contra Dantas é nula, diz defesa".
No site da Reuters Brasil, em manchete ao longo de tarde e noite, ontem, "Justiça Federal condena Daniel Dantas a dez anos de prisão".

NAS REVISTAS
Na manchete on-line da "Veja", "Juiz de Sanctis condena Daniel Dantas a dez anos". E da "Carta Capital", "Daniel Dantas é condenado a dez anos de prisão".

E NAS AGÊNCIAS
Na americana AP, "Banqueiro brasileiro é condenado por corrupção". Na espanhola Efe, "Banqueiro é condenado a dez anos de prisão por tentativa de suborno".

MÍDIA MELODRAMÁTICA
O "Financial Times" adiantou ontem em reportagem e artigo que a CBI, a CNI britânica, avalia que a "mídia ajudou a aprofundar a crise". A entidade cobrou a PCC, comissão de reclamos sobre imprensa, por não agir contra "manchetes descuidadas" etc.
"Rumores sem base foram espalhados sobre instituições", usando "linguagem melodramática, declarações sem fonte definida e sugestões de que problemas de uma instituição estariam passando para outras". Em suma, o "gerenciamento da crise ficou mais difícil por causa das mudanças no setor de mídia".

DESMORONOU
No topo das buscas de Brasil pelo Google News, os despachos de Reuters e Bloomberg anunciando que a produção industrial brasileira "desmoronou com a crise", pelos números de outubro. As agências financeiras abriam afirmando que o resultado levantou a "especulação" de que o Banco Central corte os juros, na semana que vem, para salvar o crescimento.

OU NÃO
Já no site Market Watch, uma empresa européia divulgou pesquisa da consultoria Economist Intelligente Unit, ligada à "Economist", que mostra como "a América Latina continua atraente às empresas" multinacionais. A razão, responde a maioria, é a desaceleração nos mercados tradicionais. E para 69% o Brasil é "chave na sua expansão a médio prazo".

EXXON, COSAN, SHELL
A agência Dow Jones noticiou ontem que o grupo brasileiro "Cosan completou a compra da Exxon no Brasil" -que a Petrobras também tentou adquirir da companhia americana. E o jornal "Valor" noticiou, ontem também, que a britânica "Shell estuda sociedade com a Cosan". As conversas estão em fase "inicial", reproduziu a Bloomberg, repercutindo o jornal.
Na mesma agência Bloomberg, fim do dia, o enunciado sobre as empresas que mais "movimentaram" a Bovespa na alta de ontem abriu pela Cosan.

MAIS UM PLANO
guardian.co.uk
Em vídeo, queimadas e Lula
Ecoou no exterior, até mais do que por aqui, o plano anunciado pelo Brasil para reduzir a destruição da Amazônia em 70%, em dez anos. O "New York Times" publicou nota. O "Guardian" postou vídeo, com o discurso de Lula, e na longa reportagem ouviu os ministros Carlos Minc e Mangabeira Unger. Já o correspondente do "FT" se concentrou nas críticas de ONG do Rio, que questionou o plano como "tolerante" com o desmatamento.
Dias antes, até na "New Scientist", a notícia era o aumento no ritmo da destruição.

EUA DO MAL
Na cobertura do encontro de 190 países na Polônia, em busca de um novo acordo sobre o aquecimento global, a Associated Press destacou, por um lado, que "Ativistas atacam os EUA nas negociações sobre clima".

CHINA DO BEM
Por outro lado, também em título da agência americana, a "China, que já foi "bad boy" do clima, é elogiada" na Polônia, inclusive por americanos. Sua imagem mudou ao aceitar que os emergentes também têm que reduzir emissão.

NEM CONSIDERA
telegraph.co.uk
No "Telegraph", de novo
Em mais um capítulo no inquérito do assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes, BBC e jornais londrinos destacavam ontem a decisão do investigador do caso -de que os policiais que o mataram com sete tiros no rosto "não cometeram crime" e, portanto, o júri nem sequer vai poder "considerar um veredicto de morte ilegal".


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@ - Nelson de Sá



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