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Elite do PMDB é citada em novo vídeo
Empresário cita nomes da cúpula do partido
entre os beneficiários do mensalão do DEM
Mencionados em diálogo, Michel Temer, Eduardo Cunha e Tadeu Filippelli negam acusações; Henrique Alves não foi encontrado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Integrantes da cúpula do
PMDB são citados como beneficiários do mensalão do DEM
em diálogo gravado por Durval
Barbosa, o colaborador da PF
na Operação Caixa de Pandora,
com o empresário Alcyr Collaço, flagrado em vídeo colocando dinheiro na cueca.
A Folha teve acesso ao vídeo
no qual Collaço fala sobre uma
suposta propina paga a caciques peemedebistas na Câmara: o presidente da Casa, Michel Temer (SP), o líder do partido na Câmara, Henrique
Eduardo Alves (RN), e os deputados federais Eduardo Cunha
(RJ) e Tadeu Filippelli (DF).
Esse é o grupo que chancelou
a permanência de Filippelli no
comando do PMDB-DF, forçando a saída de Joaquim Roriz
do partido em setembro. Roriz
foi rifado com a aliança dos
peemedebistas com o governador José Roberto Arruda
(DEM). O democrata o acusa
de estar por trás das denúncias.
Na gravação, Barbosa diz que
Arruda "dava 1 milhão por mês
para Filippelli". Collaço fala em
outro valor e detalha a suposta
partilha: "É 800 pau [sic]. Quinhentos pro Filippelli, 100 para o Michel, 100 para Eduardo,
100 para Henrique Alves".
O vídeo foi entregue à Polícia
Federal, mas não há menção a
gravação a nenhum dos peemedebistas citados. Deputados
federais só são investigados
com autorização do Supremo
Tribunal Federal.
"Não sei por qual razão se
destinaria verba para mim. É
mais uma infâmia, lamento dizer isso", afirmou Temer. Filippelli disse que vai acionar Barbosa e Collaço na Justiça. Henrique Eduardo Alves não foi localizado. Eduardo Cunha afirmou que "não tem qualquer relação com essas pessoas".
(ANDREZA MATAIS e FERNANDA ODILLA)
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