|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pacote de Cabral tenta economizar até R$ 3 bi no Rio
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pretende
economizar entre R$ 2,7 bilhões e R$ 3 bilhões com o pacote de 14 decretos publicado
dia 1º no "Diário Oficial". O secretário de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa, para quem o
Estado está "descontrolado" e
em "desordem administrativa",
o Rio só deve estar equilibrado
no segundo ano de mandato.
Barbosa estima que a economia gerada pelo pacote de medidas varie de 5% a 10% do Orçamento efetivo do Estado, de
R$ 30 bilhões (de R$ 36 bilhões,
R$ 6 bilhões são diretamente
repassados aos municípios).
"O pacote tem o perfil menos
de corte e mais de organizar um
sistema de controle de despesas. O Estado não tinha controles nem o contingenciamento
feito pela governadora em maio
foi eficaz porque não se conheciam os contratos nem havia
como se centralizá-los. Não se
faz corte só na tesoura", disse
Ruy Barbosa.
O secretário deu como exemplo o fato de os contratos do governo não fazerem parte de
uma rede informatizada nem
do Siafem (sistema integrado
de administração financeira), o
que tornava difícil um acompanhamento eficaz das etapas de
execução. O novo governo promete tornar obrigatório o registro dos contratos no sistema.
O secretário estima que o
ajuste demore cerca de um ano
para dar resultado, tendo como
base Minas Gerais, Estado de
porte semelhante ao do Rio e
que passou por processo similar, obtendo a estabilidade após
um ano de gestão.
A nova gestão determinou a
auditoria da folha de pagamento do Estado. "O objetivo é levantar pagamentos indevidos.
Trata-se de 400 mil contracheques, e por erro, podem acontecer pagamentos equivocados.
Queremos ter um diagnóstico
do sistema de confecção de folha e fazer o sistema 100% informatizado", afirmou o secretário, segundo quem ainda não
há nenhum indício de fraudes.
O novo governo determinou
a redução em 30% dos cargos
em comissão e o retorno em até
30 dias de servidores civis e militares deslocados para outras
atividades, em órgãos como a
Assembléia Legislativa e o Ministério Público, por exemplo.
A meta é reaver policiais civis
e militares para atividade-fim
de combate à violência.
É uma medida rotineira, porém, de novas administrações,
e mais de papel do que de fato
-ligados a deputados e servidores com prestígio político,
esses funcionários normalmente ficam onde estão.
Texto Anterior: Zeca do PT deixa governo do MS sem pagar dívida com União Próximo Texto: Frases Índice
|