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Oito decretos dão início a "faxina" em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A "faxina" nas contas de
São Paulo anunciada pelo governador José Serra (PSDB),
e que desagradou seu antecessor e colega de partido
Geraldo Alckmin, teve início
ontem com a publicação de
oito decretos no "Diário Oficial" do Estado. Além dessas
medidas, será publicado um
decreto de programação financeira que impõe limites à
execução do orçamento.
"Essas medidas visam à
melhoria de eficiência na
gestão do Estado e à redução
do custeio administrativo. É
gastar menos com o Estado
para investir mais, gastar
mais com gente", prometeu o
secretário de Fazenda de São
Paulo, Mauro Ricardo Costa.
A exemplo do que fez à
frente da prefeitura, Serra
determinou a reavaliação e
renegociação de contratos e
licitações do governo de São
Paulo, especialmente de
obras. Segundo Mauro Ricardo, houve uma economia
de 17% quando a medida foi
aplicada na prefeitura.
Na mira do governo, estão
os contratos na área de
Transportes, onde teria
ocorrido reajuste indevido
de preços nos últimos seis
meses. Três têm como objetivo a redução de gastos com
folha de pagamento. Um determinou a suspensão da admissão de pessoal, à exceção
das autorizadas pelo comitê
de gestão formado por Mauro Ricardo, Francisco Luna
(Planejamento), Aloysio Nunes Ferreira (Casa Civil) e
Sidney Beraldo (Gestão).
Outro decreto estabelece
que 15% dos cargos de confiança do governo não sejam
preenchidos. Outro decreto
fixa o recadastramento anual
dos servidores da ativa.
"Uma boa gestão significa
melhor qualidade do serviço
público. Queremos gastar
menos em atividade meio
para gastar mais em atividade fim", disse Beraldo.
Apelidado de pacotinho
pela equipe de transição, o
conjunto de medidas lançadas ontem tem como objetivo compensar um déficit do
Estado no ano passado, calculado em cerca de R$ 1,2 bilhão.
(CATIA SEABRA)
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