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CRISE INTERNA
A pedido da ex-prefeita Telma de Souza, caso será analisado após o Carnaval
PT suspende intervenção em Santos
da Reportagem Local
O PT de São Paulo suspendeu a
intervenção decretada no diretório
municipal de Santos.
Recurso apresentado ontem pela
ex-prefeita santista Telma de Souza alegou que a decisão, tomada
em reunião do Diretório Estadual
no sábado, não é válida.
Novo estatuto petista prevê
maioria absoluta dos votos do diretório para aprovar intervenções.
No caso de Santos, 27 dos 74 membros votaram a favor da ação.
Agora, o caso será discutido em
reunião no dia 22 pela direção nacional do partido.
A intervenção em Diadema,
também decretada sábado, foi
contestada pelo ex-prefeito e deputado federal José Augusto Ramos. Mas o recurso só será estudado no dia 22, uma vez que a intervenção foi decidida com 40 votos.
As intervenções haviam sido determinadas devido à derrota do
partido nas cidades nas eleições de
outubro passado.
Ambos municípios eram considerados símbolos de administração petista: Diadema era comandada pelo PT desde 1982, e Santos,
desde 1988.
Tanto Telma quanto Ramos perderam as eleições. Na avaliação petista, a derrota se deveu ao conflito
com os então prefeitos: David Capistrano (Santos) e José de Filippi
Jr. (Diadema), ambos do PT.
No caso de Diadema, considerado mais grave devido à troca de
acusações entre Filippi e Ramos, a
eleição foi vencida pelo ex-prefeito
petista Gilson Menezes (PSB). Em
Santos, pelo deputado federal malufista Beto Mansur (PPB).
Além de perder a eleição, Telma
perdeu boa parte de suas chances
de concorrer a governadora em 98.
Ramos, por sua vez, disse que a
decisão da direção petista não levou em conta a opinião da militância na cidade.
O secretário de Comunicação do
partido no Estado, Francisco
Campos, criticou os recursos. Para
ele, a decisão foi democrática e deveria ser acatada pelos afetados.
Capistrano e Filippi não foram
encontrados ontem.
Além das duas intervenções totais, houve dez intervenções parciais em municípios onde o PT se
aliou a partidos considerados
``proibidos'' pela direção, como
PMDB, PTB e PL.
(IGOR GIELOW)
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