São Paulo, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2009

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Painel

RANIER BRAGON (interino) - painel@uol.com.br

Notícias populares

Está na página 252 da mensagem que Lula enviou anteontem ao Congresso Nacional: entre as "principais ações" na área de comunicação, o governo pretende produzir neste ano uma coluna denominada "O Presidente Responde", para distribuição aos chamados jornais populares, que respondem por cerca de 50% da circulação média dos maiores diários do país.
Além disso, a mensagem diz que haverá "produção de entrevistas gravadas do presidente para divulgação nas rádios regionais antes das viagens presidenciais". A intenção é anunciada no ano que antecede as eleições presidenciais, um dia antes da divulgação de mais um recorde de popularidade de Lula -e pouco mais de 12 meses após a entrada no ar da TV Brasil.



Lista. Na mesma mensagem, o governo anuncia os projetos que priorizará no Congresso: entre outros, o que altera o funcionamento das agências reguladoras, o que limita despesa com pessoal e encargos sociais, o que cria o cadastro de bons pagadores no comércio, o que altera a Lei de Licitações e, mais uma vez, o da reforma tributária.

Dominado. Caiu ontem o último remanescente da era Paulo Lacerda à frente de uma superintendência da Polícia Federal. Foi exonerado o delegado Anderson Rui Fontel, que comandava a PF no Amapá. Antes dele, no último dia 20 de janeiro, Delci Teixeira (Paraná) deixou o posto. Agora, todos os 27 superintendentes são fruto de nomeação do atual diretor, Luiz Fernando Corrêa.

Novos tempos. Deputados comentavam ontem que, desde a eleição de Michel Temer (PMDB-SP) na Câmara, até a escolha do novo líder do PT, Cândido Vaccarezza (SP), mudou o perfil da articulação governista. Motivo: a avaliação é que o petista é um dos poucos na bancada que, assim como Temer, mantém boa interlocução com o governador José Serra (PSDB-SP).

Interminável. Tião Viana (PT-AC) se irritou por ter sido comparado por Romero Jucá (PMDB-RR) ao ex-candidato republicano John McCain. "McCain é herói de guerra. Nervoso ficaria de ser chamado de Romero, o avicultor", disparou. Jucá foi acusado de ter pego financiamento para um abatedouro de frangos inexistente. Ele nega.

Ao vivo. O segundo dia de José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado foi acompanhado de perto por uma equipe da TV Mirante, de propriedade de sua família.

Lotes. Sarney deve criar o cargo de líder da minoria (oposição) no Congresso, com estrutura própria de assessores, e destiná-lo ao DEM como pagamento ao apoio recebido. O favorito ao posto é Efraim Morais (PB).

Coruja. Em sua festa da vitória, o peemedebista relatava a senadores que o bisneto Rafael, 7, havia acordado cedo e colocado terno para acompanhar sua vitória pela TV.

Trincheira. Observadores que acompanharam a inédita eleição dos trio de senadores do Piauí -Heráclito Fortes (DEM), João Vicente Claudino (PTB) e Mão Santa (PMDB)- para a Mesa do Senado notaram clara tentativa de montar um "front" para resistir à provável candidatura do governador Wellington Dias (PT-PI) à Casa em 2010.

Briga no ninho. Do deputado tucano Antonio Carlos Pannunzio (SP) contra a articulação de José Aníbal (SP) para se reeleger, hoje, líder da bancada: "Mudar as regras [para permitir a reeleição] no dia da eleição é golpe de Estado. Um tucano que tem ética e respeita o estatuto do partido jamais chegaria a esse ponto".

Visita à Folha. Alan Charlton, embaixador do Reino Unido no Brasil, visitou ontem a Folha. Estava com Martin Raven, cônsul-geral britânico em São Paulo.

com FÁBIO ZANINI e SILVIO NAVARRO

Tiroteio

"Diante de tudo o que o José Nery e o seu partido sempre pregaram, tenho certeza de que o senador veio para Brasília de cegonha."

Do senador WELLINGTON SALGADO (PMDB-MG), ironizando a carona que José Nery (PSOL-PA) pegou em um jatinho particular para chegar a tempo à votação de anteontem, em Brasília.


Contraponto

Torre de Babel

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, causou confusão na reunião ministerial de anteontem. Ao falar da diferença entre o juro pago pelos bancos ao investidor e o cobrado do cliente, Meirelles afirmou que a Nossa Caixa, vendida recentemente pelo Estado de São Paulo ao governo federal, liderava o ranking do "spread".
-Mas é a "nossa" Caixa?-, questionou Dilma Rousseff (Casa Civil), se referindo à Caixa Econômica Federal.
-É, a Nossa... quer dizer, não, é a caixa "deles"!-, explicou Meirelles, que ouviu de colegas: "Mas agora é a "nossa" Caixa". Guido Mantega (Fazenda) resolveu ajudar:
-Não é "nossa". A nova diretoria ainda não assumiu.


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