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Depoimentos citam envolvimento do TCE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MARINGÁ
Depoimentos colhidos pela Justiça Federal durante as investigações sobre os desvios de dinheiro
público em Maringá levantam
suspeitas sobre o envolvimento
do Tribunal de Contas do Paraná
(TC) no esquema de corrupção.
Interrogado na Vara Federal
Criminal de Maringá, um ex-secretário de Fazenda do município, Rubens Weffort (antecessor
de Luís Antônio Paolicchi no cargo), disse que "o próprio pessoal
do Tribunal de Contas elogiava
muito o trabalho de Paolicchi".
O ex-prefeito Jairo Gianoto afirmou, também em depoimento,
que ao assumir a prefeitura decidiu manter Paolicchi no cargo
porque "houve indicações, houve
elogios (...), por membros do próprio Tribunal de Contas".
Segundo Gianoto, o então presidente do órgão e atual conselheiro
Artagão de Mattos Leão, além de
um funcionário do Tribunal de
Contas, Duílio Luís Bento, referendaram "o nome de Paolicchi
como sendo o nome altamente
capaz e técnico".
Outra testemunha, Raquel Milkeareck Budzinsky, disse que,
além de Leão e Bento, Paolicchi
"conhecia" Quielse Crisóstomo
da Silva, também conselheiro e
ex-presidente do tribunal.
Segundo Budzinsky, o ex-secretário "às vezes recebia várias ligações por semana" de Bento, que
segundo ela era recebido por Paolicchi quando ia a Maringá.
A Agência Folha apurou que o
TC aprovou todas as contas do
município nas gestões de Said
Ferreira e Jairo Gianoto, com exceção da do ano passado.
O conselheiro Quielse Crisóstomo da Silva informou que não
tem ligação com Paolicchi. "Fui
eu, aliás, quem descobriu o rombo em Maringá. Na minha gestão
como presidente do TC, foi instalada a auditoria que apontou um
rombo de R$ 54 milhões."
Mattos Leão disse que, como
presidente do órgão, fez três visitas a Maringá, "todas em caráter
oficial, para abrir seminários de
orientação a prefeitos da região".
Duílio Bento disse não ter feito
nenhum "tipo de indicação do
nome do secretário de Finanças
de Maringá, até porque não teria
influência para tanto".
(RS)
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