São Paulo, terça-feira, 04 de abril de 2000


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PAINEL

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A suspeita de que Gilberto Miranda, com o conhecimento de Celso Pitta, tenha feito vazar a lista de vereadores que teriam recebido propina, abriu uma crise na trincheira do prefeito. Os advogados de Pitta foram surpreendidos por essa versão do vazamento e não gostaram.

Pela culatra

A defesa jurídica de Celso Pitta avalia que a lista da suposta propina a vereadores é o primeiro indício material contra o prefeito. Até então, sustentam, só havia os testemunhos de Nicéa, devidamente desgastada.


Telefone vermelho

No grupo restrito de conselheiros de Celso Pitta, o ex-senador Gilberto Miranda e seu irmão, o ex-collorido Egberto Batista, ocupam lugar de honra. Desde que o Pittagate eclodiu, falam diariamente com o prefeito, sugerindo-lhe estratégias.

Ligações perigosas

Relator, em 94, do pedido de emissão de títulos para pagamentos de precatórios de SP, Miranda também foi responsável pela emenda que suprimiu os nomes de Pitta e Maluf do relatório da CPI dos Precatórios.

No páreo

É calculado o distanciamento de Tasso Jereissati (CE) do Planalto. O tucano ainda se considera alternativa no PSDB para reeditar a aliança que elegeu FHC. Teria o entusiasmo do PFL. Mas precisaria flexibilizar as relações com o PMDB.

Na fila

Enquanto flerta com Ciro Gomes (PPS), Tasso aguarda a definição de Mário Covas (SP) sobre a sucessão de FHC. Se o paulista entrar de fato na disputa, o cearense pode tanto debandar do ninho tucano como ser o fiador do partido para reaproximar Ciro do PSDB, até em eventual segundo turno.

Lista preferencial

Na relação de tucanos com a simpatia do PFL Tasso é o nº 1. Paulo Renato (Educação), o 2º. A polêmica do mínimo esfriou o ânimo da sigla com Malan.


Refresco temporário

O aquecimento da briga Jader Barbalho-ACM saiu melhor do que a encomenda para FHC. Tira o Planalto da mira, desgasta o baiano e deixa Jader mais fragilizado e dependente do PSDB.

Cruzada baiana

ACM elegeu uma causa de vida: impedir Jader Barbalho (PMDB) de presidir o Senado. Virou uma questão pessoal.

Bateu, levou

A intenção de Jader é revidar cada denúncia sobre sua conduta pública. Também está armando seus dossiês. A disputa ameaça acabar num lodaçal.

Visitas à Folha

O governador do Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Eduardo Godoy, coordenador-geral de Comunicação do Estado, e de Kleber Haddad Lane, tenente da Polícia Militar.

O prefeito de Vitória (ES), Luiz Paulo Vellozo Lucas, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Luiz Carlos Azedo, secretário-chefe de Comunicação, e de Cezar Rogelio Vasquez, secretário-adjunto de Administração Estratégica.

Xanana Gusmão, presidente do CNRT (Conselho Nacional de Resistência Timorense), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de João Carrascalão, vice-presidente do CNRT, de Taur Matan Ruak, vice-comandante das Falintil (Forças Armadas de Libertação Nacional do Timor Leste), de Roque Rodrigues, chefe de gabinete de Xanana Gusmão e embaixador do Timor Leste em Angola, de Paula Pinto, assistente-executiva de Xanana Gusmão, de Kywal de Oliveira, coordenador-geral de Modernização e Planejamento Administrativo do Ministério das Relações Exteriores, e de Luciana Mancini, diplomata da Divisão da Ásia e Oceania do Ministério das Relações Exteriores.

TIROTEIO
De Lizete Rocha, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (SP), sobre a oposição de juízes estaduais ao teto salarial:
- Parte da cúpula da Justiça Estadual tenta implodir o teto, contrariando a Associação dos Magistrados Brasileiros. Quer manter os privilégios dos que ganham altos salários.

CONTRAPONTO

A cantora da AmBev
Parlamentares de São Paulo participaram recentemente em Bebedouro (interior paulista) de uma discussão sobre a cartelização do setor cítrico.
A relatora do caso AmBev no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), conselheira Hebe Romano, também integrou a mesa de debate.
Em sua exposição, o senador tucano Pedro Piva abaixava a voz e enrolava a língua sempre que pretendia citar Hebe Romano. Fez isso uma, duas, três, quatro vezes.
Sentado ao seu lado, Eduardo Suplicy (PT) sorria, tentando manter a discrição. Parecia ser o único a entender o que ele, de fato, dizia.
Horas depois, já no avião, na volta a São Paulo, o deputado Marcos Cintra (PL) resolveu cutucar o tucano:
- Piva, o que aconteceu? Você não parava de gaguejar...
Gargalhando, Suplicy respondeu, antecipando-se a Piva:
- Ele não lembrava o nome da conselheira. Achava que era Elba. Elba Ramalho...


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