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Gabeira lança chapa sob fogo amigo
Apoio a Serra num eventual 2º turno contra Dilma causa incômodo no PV
Anunciado pré-candidato
ao governo do RJ com apoio
de PSDB, DEM e PPS, verde
justifica fala pró-tucano e
responde a correligionários
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
No dia em que foi anunciado
oficialmente como pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, o deputado Fernando
Gabeira (PV-RJ) virou alvo de
críticas de aliados por declarar
apoio a José Serra (PSDB) num
eventual segundo turno contra
Dilma Rousseff (PT).
Ele disse ao Blog do Noblat
que votaria no tucano após
apoiar Marina Silva (PV) no
primeiro turno. A declaração
gerou incômodo entre aliados
da senadora. O ex-deputado
Luciano Zica classificou a fala
como "lamentável".
"Foi uma declaração infeliz.
Causa estranheza, porque Gabeira é um cara experiente. Não
temos o direito de escorregar
agora", disse à Folha. "Não perguntamos ao Gabeira quem ele
vai apoiar no segundo turno do
Rio. E se a disputa for entre
Serra e Marina, ele também vota no Serra?", provocou Zica.
Obrigado a se explicar, Gabeira disse ter respondido a
uma pergunta "bem específica": "Faz parte de um acordo
meu com ele [Serra]. Eles
[PSDB] me apoiam aqui no Rio,
e eu apoio a candidatura da
Marina. Caso haja um segundo
turno em que ela não esteja
presente, eu o apoio".
O presidente do PV, José
Luiz Penna, tentou contemporizar: "Estamos trabalhando
para vencer. Temos que ser generosos com quem escorrega
nas cascas de banana".
Segundo Gabeira, Marina e
Serra participarão de seu programa de TV. "Vou fazer a campanha da Marina. Eventualmente posso me encontrar
com o Serra, dependendo das
circunstâncias", disse.
A chapa ao governo do Rio
foi confirmada ontem, em
aliança com PSDB, DEM e PPS.
O ex-deputado tucano Márcio
Fortes, tesoureiro de Serra na
eleição de 2002, deve ser o vice.
O ex-prefeito Cesar Maia
(DEM) tentará ao Senado, e a
outra vaga deve ser de Marcelo
Cerqueira, do PPS. O PV ainda
tenta emplacar a vereadora Aspásia Camargo.
Em entrevista à TV Gazeta,
Marina Silva disse ter tido "divergências sérias" com Dilma
no governo Lula, mas negou
ressentimentos: "Disputávamos de igual para igual".
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