São Paulo, quinta-feira, 04 de junho de 2009 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Palocci revisitado
Lula, que mais de uma vez manifestou a colaboradores o desejo de ver Antonio Palocci disputar o governo
de São Paulo, tem agora um novo roteiro na cabeça
para seu ex-ministro da Fazenda. Se o STF arquivar a
denúncia contra Palocci no caso da quebra do sigilo
bancário do caseiro Francenildo, o primeiro passo seria reincorporá-lo ao governo numa pasta de "médio
porte", na qual ficaria até a desincompatibilização de
Dilma Rousseff, no final de março de 2010. Aí assumiria a Casa Civil. Nessa posição, em caso de vitória da
candidata do PT, seria o "homem de Lula" na transição -e eventualmente no futuro governo. PT saudações. O chefe-de-gabinete Gilberto Carvalho tem telefonado a colegas petistas para avisar que não será mesmo liberado por Lula para assumir a presidência do partido. Isso aumenta as chances de José Eduardo Dutra ser escolhido candidato pelo antigo Campo Majoritário, que se reunirá amanhã e sábado em São Paulo. Reprise. A dianteira de Tarso Genro no Datafolha para o governo gaúcho não tranquilizou o PT. O partido vê no bom desempenho de José Fogaça (PMDB) o risco de mais uma vez ser derrotado por isolamento no segundo turno. Chá e simpatia. Antes de começar a exposição do sétimo balanço do PAC, Dilma Rousseff passou um sabão nos demais ministros-expositores. "Vocês já cumprimentaram o presidente da Comissão de Infraestrutura?", perguntou. Ato contínuo, formou-se uma fila para saudar o senador Fernando Collor (PTB-AL), que retribuiu a gentileza com uma reverência formal à chefe da Casa Civil. Palmatória. Alfredo Nascimento (Transportes) e Carlos Minc (Meio Ambiente), que no balanço do PAC voltaram a se estranhar, serão chamados às falas hoje por Lula. O objeto da discórdia é o licenciamento da BR-319. O presidente cobrará Minc por ter lhe dito, há duas semanas, que não havia problema ambiental nenhum com essa obra. Sem recibo. A apresentação sobre o PAC colocou frente a frente, no auditório do Itamaraty, os desafetos Geddel Vieira Lima e José Sérgio Gabrielli. "Geddel, pode ficar tranquilo, não sou candidato ao Senado", afirmou o presidente da Petrobras. "Nem eu", replicou o ministro da Integração Nacional. Síndico. Responsável pela administração dos apartamentos funcionais do Senado, o terceiro-secretário, Mão Santa (PMDB-PI), antecipou ontem a colegas o valor da conta que pretende apresentar ao ministro Hélio Costa (Comunicações) por recebimento indevido de auxílio-moradia: R$ 173 mil. Feudos. Ao insistir em colocar na CPI um relator que se reporte antes a ele do que ao governo, Renan Calheiros (PMDB-AL) cuida de blindar suas duas posições na Petrobras: o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto da Costa. Da poeira. Noveleiro contumaz, Romero Jucá (PMDB-RR) faz graça com o fato de ser rejeitado pelo líder de seu próprio partido para ocupar o cargo mais estratégico da CPI da Petrobras: "Virei o relator dalit". Trata-se de referência aos "intocáveis" da sociedade indiana, retratados na trama de "Caminho das Índias". Nu e cru. Chamou a atenção dos jornalistas o vocabulário explícito de Nelson Jobim na entrevista coletiva sobre as buscas ao avião da Air France que caiu no Atlântico no trajeto Rio-Paris. Em tom professoral e segurando uma varinha, o ministro da Defesa falou em "restos de corpos" e "abdomens intactos" sem a menor cerimônia. com VERA MAGALHÃES e LETÍCIA SANDER Tiroteio "Do jeito que a Dilma está crescendo, logo logo o Serra será Aécio desde criancinha." Do deputado VIC PIRES (DEM-PA), sobre a mais recente rodada de pesquisas a respeito da sucessão presidencial de 2010. Contraponto Demo-petista
Aguerrida oposicionista no Senado, Kátia Abreu adotou
tom conciliador ao se apresentar ontem, como presidente
da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, para
almoço com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. |
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