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Promotores apuram novo contrato
entre Rotedali e prefeitura petista
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Estadual
investiga um novo contrato firmado entre a Prefeitura de Santo
André e a empresa Rotedali, de
Ronan Maria Pinto, denunciado
por formação de quadrilha e por
extorsão. O contrato, de R$ 1,6
milhão, é referente à prestação de
serviços na área de aterro sanitário e foi assinado em 1999.
Por meio dos documentos enviados pela própria prefeitura e
pelo Tribunal de Contas do Estado, a promotoria apura várias
coincidências entre as empresas
que participaram da licitação e algumas irregularidades que não
foram consideradas na época pela
prefeitura petista.
Além da Rotedali, participaram
da licitação as empresas EPT N e
Macchione. A primeira, quando
participou da concorrência destinada exclusivamente a empresas
de limpeza pública e manutenção
de aterro, tinha como objeto social o transporte de pessoas.
A Macchione, por sua vez, segundo a Junta Comercial, chegou
a ser sócia de Ronan na Rotedali,
no final de 1996, quando detinha
80% de participação acionária.
A coincidência apurada pelos
promotores é em relação à formatação das propostas que as empresas, concorrentes na licitação,
enviaram à prefeitura. Todas foram redigidas exatamente do
mesmo jeito, no mesmo formato.
Segundo os promotores, são esperado novos documentos que
poderão ajudar na investigação
criminal.
O secretário de Governo da Prefeitura de Santo André, Mauro
Maurici de Lima Moraes, acusou
ontem os promotores estaduais
de agirem sob "motivação eleitoral". "Não tenho dúvida de que o
fato de estarmos em processo eleitoral foi fundamental para o surgimento das acusações." A prefeitura, segundo ele, irá pedir representação contra os promotores à
Procuradoria Geral de Justiça.
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