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Incra recorre
à Justiça para
reaver prédio
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O superintendente do Incra
(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Cuiabá (MT), Leonel Wohlfahrt, entrou ontem à tarde na Justiça Federal com pedido de reintegração
de posse de um prédio do instituto na cidade que foi invadido anteontem por sem-terra ligados ao
MTA (Movimento dos Trabalhadores Rurais Acampados e Assentados).
Wohlfahrt disse que a invasão
tem "motivações políticas". Segundo o superintendente, o MTA
"está acusando o MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra] e a Fetagri [Federação
dos Trabalhadores na Agricultura] de serem os privilegiados da
reforma agrária".
Segundo a direção do Incra, o
número de invasores chega a cem.
O MTA divulgou ontem que 550
pessoas estão dentro ou do lado
de fora do prédio.
José de Oliveira, um dos líderes
do MTA, disse que os sem-terra
pedem a presença de algum representante da direção nacional
do Incra para negociar.
Os sem-terra reclamam que o
Incra em Mato Grosso está demorando para tomar posse de seis fazendas onde poderiam ser assentadas 1,4 mil famílias de trabalhadores rurais.
Na versão de Wohlfahrt, o MTA
ainda não apresentou uma pauta
de reivindicação. Segundo ele, estão bem encaminhados os processos de desapropriação de três
fazendas em Mato Grosso, mas
em uma delas o Incra ainda analisa o valor da indenização a ser paga ao fazendeiro.
Oliveira disse que mais sem-terra devem chegar de acampamentos para reforçar a invasão do prédio do Incra.
Ele nega que o movimento tenha motivações políticas.
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