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São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2003

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Incra recorre à Justiça para reaver prédio

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Cuiabá (MT), Leonel Wohlfahrt, entrou ontem à tarde na Justiça Federal com pedido de reintegração de posse de um prédio do instituto na cidade que foi invadido anteontem por sem-terra ligados ao MTA (Movimento dos Trabalhadores Rurais Acampados e Assentados).
Wohlfahrt disse que a invasão tem "motivações políticas". Segundo o superintendente, o MTA "está acusando o MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra] e a Fetagri [Federação dos Trabalhadores na Agricultura] de serem os privilegiados da reforma agrária".
Segundo a direção do Incra, o número de invasores chega a cem. O MTA divulgou ontem que 550 pessoas estão dentro ou do lado de fora do prédio.
José de Oliveira, um dos líderes do MTA, disse que os sem-terra pedem a presença de algum representante da direção nacional do Incra para negociar.
Os sem-terra reclamam que o Incra em Mato Grosso está demorando para tomar posse de seis fazendas onde poderiam ser assentadas 1,4 mil famílias de trabalhadores rurais.
Na versão de Wohlfahrt, o MTA ainda não apresentou uma pauta de reivindicação. Segundo ele, estão bem encaminhados os processos de desapropriação de três fazendas em Mato Grosso, mas em uma delas o Incra ainda analisa o valor da indenização a ser paga ao fazendeiro.
Oliveira disse que mais sem-terra devem chegar de acampamentos para reforçar a invasão do prédio do Incra.
Ele nega que o movimento tenha motivações políticas.


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