Nada de irregular foi encontrado nos depósitos a Francenildo, que afirmou que Palocci ia à "casa do lobby"

ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal dirá nesta semana à Justiça que concluiu que a origem dos cerca de R$ 25 mil depositados na conta bancária do caseiro Francenildo dos Santos Costa entre janeiro e março deste ano é legal.
O caseiro contou à PF que o dinheiro foi deposito por seu suposto pai biológico, Eurípedes Soares da Silva, empresário do setor de transportes que vive em Teresina (PI). Silva nega a paternidade, mas confirma os depósitos para Francenildo.
Os depósitos transformaram o caseiro em investigado. Um relatório elaborado pelo Coaf (Conselho de controle de Atividades Financeiras), órgão subordinado ao Ministério da Fazenda, informou à PF a existência de movimentação atípica na conta que Francenildo mantém na Caixa Econômica Federal. Diante do informe, a PF passou a investigar a origem do dinheiro de Francenildo.
No ofício que enviará à Justiça, o delegado Rodrigo Carneiro Gomes afirmará que familiares de Francenildo confirmaram que ele seria filho do empresário. Ouvido, Eurípedes confirmou os depósitos.
A Justiça deve encaminhar o caso para o Ministério Público Federal, que decidirá se denuncia ou não os envolvidos. Conforme o inquérito, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci foi o responsável pela ordem que provocou a violação dos dados bancários do caseiro. Na ocasião, Francenildo dizia que Palocci freqüentava casa em Brasília onde ex-assessores planejariam atos que configurariam tráfico de influência.


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