São Paulo, domingo, 04 de agosto de 2002

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PESQUISA

Candidato do PPS subiu três pontos em relação a levantamento anterior

Lula e Ciro têm empate técnico, diz Vox Populi

DA REPORTAGEM LOCAL

Às portas do debate desta noite, nova pesquisa Vox Populi mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS) em situação de empate técnico, com 34% e 30%, respectivamente, das intenções de voto para presidente.
Ciro subiu três pontos percentuais desde o levantamento anterior do instituto, realizado há quase duas semanas. Novamente, foi o único candidato a se mover além da margem de erro, de 2,2 pontos para mais ou para menos.
Lula registrou oscilação negativa de um ponto. José Serra (PSDB) passou de 14% para 13%. Aparece tecnicamente empatado com Anthony Garotinho (PSB), que se manteve em 10%.
Realizado nos dias 31 de julho e 1º de agosto, o campo do Vox é posterior aos das pesquisas mais recentes de Datafolha (30 de julho) e Ibope (27 a 29 de julho). Em tese, estaria apto a captar efeitos das denúncias envolvendo José Carlos Martinez, afastado da coordenação da campanha de Ciro, e Paulo Pereira da Silva, vice da Frente Trabalhista.
Na avaliação de Marcos Coimbra, diretor do Vox Populi, a subida do candidato nesse período não permite afirmar que ele passou ileso pelos dois episódios. "Mais importante do que tomar o número seco é observar a evolução da taxa de crescimento de Ciro, que vem se desacelerando."
Segundo Coimbra, é cedo para concluir se o candidato atingiu ou está para atingir um teto e se os casos Martinez e Paulinho contribuíram para essa freada.
Nas simulações do segundo turno, permanece o empate técnico entre Ciro e Lula. O candidato do PPS tem 45%, e o petista, 43%.
No que diz respeito a Lula, Coimbra vê aceso o mesmo "sinal de alerta" para o qual já chamava a atenção no levantamento anterior: o estancamento das intenções de voto na pergunta espontânea. O petista, que já esteve acima dos 30% nesse indicador, registrou 27% na pesquisa anterior e repetiu a marca. Semelhante à sua votação em 1998, o percentual sugere, segundo Coimbra, "pequena capacidade para manter o voto de eleitores não-tradicionais de Lula". (RENATA LO PRETE)


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