São Paulo, quarta-feira, 04 de agosto de 2004

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Mulher de vereador em Minas recebia do Bolsa-Família

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome determinou, pela primeira vez após a implantação do Bolsa-Família (em outubro de 2003), que um município confirme dados de renda autodeclarados das famílias do cadastro único, devido à denúncia de fraude.
O órgão descobriu que Marly Ferreira Severino, mulher do vereador Antônio Soares Severino, de Ubaporanga (MG), recebia R$ 80 mensais do Bolsa-Família. O salário de Severino (PMDB) é de R$ 851,58.
Para ter direito ao benefício, a família tem de ter renda mensal per capita de até R$ 50 ou renda per capita de até R$ 100, além de estar inscrita no cadastro único. O beneficiário não precisa comprovar a renda declarada no ato do cadastramento.
O governo enviou ofício ao prefeito de Ubaporanga, Norberto Emídio de Oliveira Filho, dando prazo de 90 dias para que verifique se a renda dos inscritos (832 famílias) no cadastro é compatível com a declarada.
O governo ainda não sabe quanto foi desviado. A Folha não conseguiu localizar o vereador nem sua mulher.
Foram detectadas falhas na distribuição de senhas para beneficiados de outros dois municípios -Carolina (MA) e Riachão (MA). (LUCIANA CONSTANTINO)


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