São Paulo, sexta-feira, 04 de agosto de 2006

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TODA MÍDIA

Nelson de Sá

A terceira

Na home do "New York Times", destaque para oito mortos civis em Israel e para as imagens de Beirute antes e depois dos bombardeios. Ao lado, também em destaque, "ameaça de guerra civil no Iraque".
O site do "Washington Post" também foi por aí, mas europeus como "Le Monde", "El País" e "Guardian" ainda dedicavam atenção ao esforço de cessar-fogo.
 
Ao fundo, nos mesmos e em outros como "Times" e "Washington Times", ontem e nos últimos dias, vem crescendo uma expressão, como se vê nos serviços de busca Inform.com e Google News: "third world war".
Começou semana passada, com o republicano Newt Gingrich dizendo, à NBC, que "estamos nos estágios iniciais do que eu descreveria como terceira guerra mundial, e não estamos com a atitude correta". Dias depois, o embaixador de Israel na ONU ecoava.
O "FT" deu até "pergunta e resposta". A primeira questão falou de uma "tentativa de preparar o espírito para aceitar o uso de armas nucleares". Para o jornal, não é o caso -e os "falcões" que veiculam a analogia buscam "no momento" trabalhar só a "ameaça".

NA FRONTEIRA

Monte Reel - wp.com/Reprodução
Na legenda do "WP" para a fronteira, "investigadores dos EUA dizem que imigrantes árabes estão envolvidos no apoio a grupos como o Hizbollah"

Do blog de Sérgio Dávila, no UOL, "olha os americanos falando besteira da tríplice fronteira de novo", referência a Brasil, Paraguai e Argentina. Era um link para a longa reportagem do "Washington Post", sob o título "Tríplice fronteira vista como foco de ajuda para grupos radicais".
Assinado de Ciudad del Este, no Paraguai, o texto traz como sua fonte principal o vice-secretário-assistente de Tesouro dos EUA, Daniel Glaser, que se disse "altamente confiante" de que na região há organizações "financiando o Hizbollah e outros grupos radicais". A reportagem cita ações de quatro ministérios americanos em andamento.

NÃO-ESPETACULAR
Em meio à guerra e à ameaça de novas guerras, os jornais financeiros "Wall Street Journal", americano, e "Financial Times", britânico, ainda se esforçam em reativar as negociações comerciais da Rodada Doha, em "colapso".
No primeiro, artigo do presidente da Goldman Sachs, ex-diretor-geral da Organização Mundial de Comércio, defende retomar as conversas, por um acordo "não-espetacular", que seja. E registra que "nada está acontecendo, obviamente, porque a agenda política é problemática".
Estados Unidos e França vão às urnas no final do ano.

CONSEQÜÊNCIAS
Por outro lado, o "FT" destacou o pedido feito pela Austrália de retomada das negociações -e o "WSJ" noticiou que até a resistente federação dos fazendeiros americanos abriu "lobby" no Congresso para estender o poder de negociação comercial concedido ao presidente George W. Bush, que expira em 2007.
De sua parte, na BBC Brasil, o chanceler Celso Amorim voltou a avisar que "não existe alternativa: se Doha não der certo, as conseqüências serão gravíssimas". E anunciou uma reunião do G20, dos países em desenvolvimento, para setembro no Rio de Janeiro.

VÍRUS

É o chamado "efeito viral". Desde a manhã, a home do UOL destacou o blog de Fernando Rodrigues, que postou fotos de uma entrega de ambulâncias, com o ex-ministro José Serra e acusados do esquema dos sanguessugas. O blog de Josias de Souza linkou na Folha On Line.
E veio a guerra nos "comentários" dos internautas, às centenas, avançando pelos que não linkaram, Nomínimo, Noblat etc. Com elogios, palavrões e contra-informação, ecoaram depois nos sites e blogs engajados, como pt.org. br, Reinaldo Azevedo, Por um novo Brasil etc. etc.
Início da noite e Rodrigues acrescentou que, na CPI, "Luiz Vedoin disse que ele e o pai estiveram na entrega".

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@ - Nelson de Sá


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