São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2007

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No Planalto, atos do PAC e do Pan só rendem elogios a Lula

Presidente recebe homenagens de políticos e atletas convidados para cerimônias

Governadores e prefeitos agradecem por obras do PAC; já os atletas do Pan dizem ser gratos por apoio do governo aos Jogos no Rio

PEDRO DIAS LEITE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em duas cerimônias apenas com convidados, no salão nobre do Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o apoio contra as vaias que recebeu tanto em eventos nos Estados como no Maracanã, na abertura do Pan do Rio. Os presentes também fizeram referências ao lançamento do movimento "Cansei", organizado pela OAB paulista e por empresários.
De manhã, o presidente foi defendido por governadores e prefeitos, em evento de lançamento setorial do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para 12 Estados e o Distrito Federal. À tarde, o desagravo partiu do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e de atletas brasileiros, como o mesa-tenista Hugo Hoyama, em encontro com os competidores do Pan-Americano.
A primeira a sair em defesa de Lula foi a governadora do Pará (PT), Ana Júlia Carepa, que criticou, sem citar o nome, o movimento "Cansei". Ela falou em nome de todos os governadores presentes. "Se querem fazer campanha, nunca vi a elite fazer uma campanha para reduzir a miséria", disse.
Depois de Ana Júlia, foi a vez do prefeito de Porto Velho (Rondônia), Roberto Eduardo Sobrinho, dizer que Lula "jamais será vaiado" na cidade. "Não somos traíra, sabemos agradecer. O senhor jamais receberá vaia em nosso município", disse ele, representando os 71 prefeitos presentes.
Já o ministro Márcio Fortes (Cidades) disse que Lula é sempre bem recebido em qualquer Estado. "Essas obras [do PAC] têm intensa repercussão para a população e trazem resultados em sua auto-estima. A referência à vaia deve ser de alguns funcionários em greve que participam de nossas visitas para discutir o PAC. Os auditórios sempre estão repletos para ouvir o presidente", afirmou.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), confirmou que Lula visitará obras no Estado no dia 20 e reiterou que o presidente é "muito querido no Rio".

Pan
Mas o maior apoio a Lula ainda viria à tarde. Em encontro com atletas brasileiros do Pan, Lula ouviu elogios do presidente do COB, de Hoyama, o maior medalhista da história do país nessas competições, de Carlos Ramirez, do trampolim, e do ministro do Esporte, Orlando Silva.
"Fui convocado pelo COB para agradecer todo o apoio que recebemos do governo", disse Hoyama. "Sem essa ajuda seria difícil." Ramirez também elogiou a estrutura do Pan: "Nunca vi uma coisa tão linda e tão organizada", afirmou o atleta.
Nuzman falou da "eterna gratidão pelo apoio ao Pan e à nossa delegação" e disse que Lula foi "o presidente que mais ajudou e mais apoiou o esporte em toda a nossa história".
Na cerimônia, com cerca de 60 atletas, Lula prometeu lutar por mais patrocínio e incentivo (público e privado) e fazer campanha para trazer as Olimpíadas de 2016 ao Brasil.
Ao final da cerimônia, Orlando Silva disse que não considerava o ato um desagravo, mas que os atletas enviaram muitas mensagens de apoio a Lula ao longo do Pan. Desde a abertura dos Jogos, em que foi vaiado seis vezes por quase 90 mil pessoas, Lula não tem aparecido em eventos abertos.


Colaborou a Folha Online


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