São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2008

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Fora do governo, Gilberto Gil diz que agora pode ser politicamente incorreto

SILVANA ARANTES
ENVIADA ESPECIAL A ITAIPAVA (RJ)

Às 23h13 de sábado, o cantor e compositor Gilberto Gil subiu ao palco. Pela primeira vez desde 2003, um show de Gil não abria um parêntese em sua agenda de ministro da Cultura, cargo ao qual renunciou na quarta passada.
"Agora não tenho mais o código de ética [da Comissão de Ética Pública, da Presidência] atrás de mim, nem o Tribunal de Contas nem os tribunais da sociedade", disse o músico à Folha antes do show, ao ar livre e gratuito, no Parque de Exposições de Petrópolis, em Itaipava (RJ).
Embora não tenha perdido "a intimidade com o canto, com o público, com o palco", ao se ver livre do cargo, Gil diz ter "psicologicamente sentido como se uma barragem se rompesse".
Com o "sentimento da devolução integral ao mundo da liberdade poética" veio a constatação: "Posso agora dizer o que quiser; xingar, se eu quiser; dizer que amo, dizer que odeio. Não preciso ser politicamente correto, no sentido da ética pública".
Para cerca de 20 mil pessoas, cantou 17 músicas. Pulando, convidou a platéia a fazer o mesmo. E o primeiro show como ex-ministro terminou com um salto coletivo: "A, A, A, que Deus deu...".


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