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Sarney volta atrás e manda revalidar 36 atos secretos
Decisão que elevou verba indenizatória de R$ 12 mil para R$ 15 mil será mantida
Sem isso, senadores teriam de devolver dinheiro; Casa agora diz que só vai demitir quem foi contratado por ato secreto após investigação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), voltou
atrás e mandou revalidar 36
atos administrativos que ele
havia anulado por não terem sido publicados. Um deles é o que
reajustou a verba indenizatória
dos senadores de R$ 12 mil para
R$ 15 mil. Se fosse mantida a
decisão inicial, os senadores teriam que devolver dinheiro.
Segundo a Diretoria Geral,
esses atos foram assinados pela
Mesa Diretora e Sarney considerou que não poderia anulá-los de forma hierárquica.
O reajuste da verba indenizatória foi assinado pela Mesa em
2005. A medida só foi tornada
pública em 14 de maio deste
ano. A criação da verba indenizatória também foi feita por
meio de ato secreto. A publicação só veio um ano depois. Neste caso, porém, o Senado não
considerou ato secreto porque
a publicação foi antes de 2009.
Sarney determinou ainda a
abertura de processo administrativo contra 80 servidores beneficiados por atos secretos.
Caso a caso
Um dos casos será o do ex-namorado da neta de Sarney. O
diretor-geral, Haroldo Tajra,
disse ontem que só com o processo investigativo o Senado
decidirá o que fazer em relação
a Henrique Dias Bernardes e
aos demais funcionários.
"Vai ser aberto um processo
em relação à situação do Henrique e a de outras pessoas em situação semelhante. Com a conclusão desses processos é que
vamos decidir o que fazer. Vamos abrir um processo individual para pessoas que foram
nomeadas por atos secretos,
averiguar os fatos e chegar a
uma conclusão", disse Tajra.
A expectativa era de que o Senado exonerasse os 218 funcionários contratados por atos secretos. O cruzamento de dados
feito pela Diretoria Geral identificou que, desses servidores,
98 já foram exonerados por ato
legal, sete não chegaram a assumir os cargos e um morreu.
Colaborou a Folha Online, em Brasília
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