São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2004 |
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PAINEL Carreira solo 1 O quadro desenhado pelos resultados do primeiro turno das eleições municipais sugere que alguns candidatos do PT classificados para a etapa final terão dificuldades em agregar apoio até mesmo de partidos da base de sustentação do governo Lula. Carreira solo 2 A perspectiva de isolamento dos finalistas do PT é concreta em praças como Curitiba e Porto Alegre. Na capital do Paraná, o terceiro colocado (PPS) tende para os braços do tucano Beto Richa. Na gaúcha, esboça-se um cenário de todos contra um. Complicador A vida de Raul Pont em Porto Alegre ficará mais complicada se o governador Germano Rigotto (PMDB) apoiar de fato José Fogaça (PPS). Para subir no palanque do PT restou Beto Albuquerque (PSB), que teve desempenho pífio no 1º turno. Medida provisória Em São Paulo, sentindo que Luiza Erundina lhe escapa e pode terminar no colo de José Serra, o PT se esforça para obter de Miguel Arraes, presidente nacional do PSB da ex-prefeita, compromisso de apoio explícito do partido a Marta Suplicy. Ferida aberta Análise de um governista: como o PT cresceu no 1º turno tratorando aliados, não será fácil resgatá-los para a batalha final. Conta outra 1 O ministro Aldo Rebelo e dirigentes do PC do B não engoliram a versão de que o crescimento de Luizianne Lins na eleição em Fortaleza se deu à revelia dos esforços da cúpula do PT para ajudar Inácio Arruda, candidato da sigla aliada. Conta outra 2 O PC do B entende que cinco ministros petistas não teriam subido no palanque de Luizianne, ora sentada no lugar que se imaginava de Inácio no segundo turno, sem antes pedir licença aos "Josés" Dirceu e Genoino. Inimigo íntimo Veneno de tucano aguerrido a respeito de Aécio Neves, que tocou a campanha em clima de convivência pacífica com o PT e agora assiste a uma vitória maior que a encomenda da sigla em Minas: "O Aécio botou o diabo pra dentro de casa". Liga pra mim Quando decidiu, na sexta-feira, que votaria no domingo pouco antes do horário de fechamento das urnas, Marta tinha em mente dar o máximo de tempo para Lula mudar de idéia e acompanhá-la. Não rolou. Segunda tentativa A desconstrução de Alckmin como administrador, linha de força da campanha de Marta no embate final contra Serra, foi tentada pelo PT em 2002, quando Genoino enfrentou o governador no 2º turno. Sem sucesso. Genoino, porém, concorria a pé. Marta tem máquina e padrinho. Solo sagrado 1 Se o PT perdeu na São Bernardo de Lula, o PSDB não se saiu melhor na Pindamonhangaba de Geraldo Alckmin. Ficará fora da prefeitura pela primeira vez desde a criação do partido. Solo sagrado 2 Está certo que o vitorioso em Pindamonhangaba, João Salgado Ribeiro (PPS), é irmão de um assessor próximo do governador. Mas a tucana Sandra Carneiro, derrotada ontem, foi secretária de Alckmin, que gravou para sua campanha. Marido traído Reflexão do candidato petista em Campos (RJ), Makhoul Moussalen, que, abandonado pela sigla, faz campanha para o PSDB: "O Marcelo Sereno chegou aqui dizendo que é homem do Zé Dirceu. Eu nem sabia que o Zé Dirceu tinha homem...". TIROTEIO Do governador do Acre, Jorge Viana (PT), sobre artigo em que FHC defende o voto em José Serra para evitar o risco "de se consolidar no Brasil um estilo não-democrático de utilização das regras democráticas": -Fernando Henrique é um bom analista político, mas quando o assunto é eleição em São Paulo ele erra sempre. Definitivamente, não é a praia dele. CONTRAPONTO Com carinho de...
O cantor Supla, filho mais velho de Marta Suplicy, foi um dos
mais empenhados cabos eleitorais da prefeita paulistana na reta final do primeiro turno. |
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