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Programa do PT vai tentar tirar o foco do dossiê
MALU DELGADO
DA REPORTAGEM LOCAL
PT e PSDB pretendem adotar eixos de campanha distintos no segundo turno: os tucanos querem insistir no discurso
sobre a ética e o dossiê, enquanto os petistas tentarão, em vão,
tirar esse debate da campanha.
Os aliados de Lula sustentam
que ele adotará um discurso
programático no segundo turno. O petista quer convencer os
eleitores de que o projeto do PT
é distinto do projeto do PSDB.
Apesar das semelhanças na
ortodoxia econômica adotada
tanto na gestão FHC quanto na
do presidente Lula, o PT tentará associar Geraldo Alckmin a
"neoliberalismo, sucateamento
do serviço público, um governo
pouco voltado para o social".
A coordenação de campanha
de Lula divulgou um comunicado, de agradecimento aos eleitores, em que deixa claro a lógica para a nova fase da eleição:
"O segundo turno será um confronto entre dois projetos de
nação. De um lado, as forças
progressistas comprometidas
com um Brasil democrático,
popular e soberano. De outro
lado, o bloco conservador que
governou o Brasil na década de
noventa e nos primeiros anos
deste século".
O coordenador geral de campanha de Lula, Marco Aurélio
Garcia, disse no dia do anúncio
do segundo turno que o centro
do debate, agora, deve ser político, ideológico. Entre aliados
que já estiveram com o PT ao
longo da história, há quem veja
fragilidades na opção pelo embate ideológico: "A linha programática que o PT teve já não
existe mais", assegura o presidente do PDT, Carlos Lupi.
Os aliados do presidente Lula
rebatem e sustentam que os
projetos são absolutamente
distintos: "Temos que mostrar
os riscos de perder as conquistas alcançadas no governo Lula", afirmou Fernando Pimentel, prefeito de Belo Horizonte
e coordenador da campanha de
Lula em Minas Gerais. Segundo
os petistas, Alckmin representa
"o atraso, o conservadorismo e
a volta de uma política externa
subordinada aos EUA".
Os tucanos acham que não
podem evitar no segundo turno
o que é o principal assunto "na
TV, nos jornais" nas últimas
duas semanas: o dossiê preparado pela família dos Vedoin,
envolvida na máfia dos sanguessugas, contra políticos do
PSDB. Ainda que as denúncias
atinjam figuras do partido.
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